terça-feira, 14 de julho de 2009

Pânico na Igreja!


Muitas pessoas estão sendo assoladas por um mal que toma conta da nossa mente e coração, e que muitas pessoas não conseguem entender. Há perguntas do tipo: “Como o que o fulano tem isso?” ou “Isso só pode ser frescura do beltrano! Ele nunca teve nada!” e mais várias outras frases que ocupam o vocabulário de gente que não entende como funciona ou o que acontece com alguém que tem a Síndrome do Pânico ou Transtorno de Pânico.

Não sou nenhum psiquiatra e nem mesmo um especialista do caso, mas passei por momentos muito graves e sei bem o que pessoas que enfrentam essa tribulação passam. Uma das coisas a serem faladas sobre esse assunto, isso na visão de quem está enfrentando a síndrome e não na visão de quem está tratando, é encarar isso como uma doença física, com fundos emocionais e espirituais. O corpo responde às reações negativas e a experiências traumáticas mandando sinais físicos como, por exemplo, a depressão e todas as doenças psicossomáticas. Doenças com fundos emocionais e espirituais, mas que o corpo acaba respondendo e sofrendo as conseqüências. Por isso se trata do físico junto com o emocional e espiritual, pois a cura precisa ser completa.

Muitas vezes as pessoas nos trazem informações mais traumáticas que o mal em si. Por exemplo, já diagnosticado como tendo o diabo ou algum demônio no corpo. Quando ouvi isso fiquei pior ainda, porque passaram mil idéias na minha cabeça sendo uma delas o fato de que se o demônio está comigo, então Deus não está. Na verdade, onde o inimigo está, também Deus está porque Ele é onipresente e onde Ele está só pode haver uma reação do inimigo, a agitação e o desconforto, mas essa é a reação do inimigo. Em nós a reação é bem diferente, a reação é de paz e tranqüilidade, de descanso e de esperança, mesmo que seja em um momento de crise de pânico. Então, se você achar ou tiver alguém na sua casa, no seu trabalho, no seu meio de convívio com essa enfermidade, ore por ele ou ela. Seja amigo mesmo, não aquele amigo da onça que só visita para desencargo de consciência. E o mais importante, procure entender o momento da pessoa.

Todos nós, em algum momento das nossas vidas, passamos por um tempo de depressão ou por um tempo de descontrole emocional e espiritual que causaram grandes males para nós mesmos e de grande preocupação para nossas famílias e amigos. Todos nós! E aqueles ou aquelas que enfrentam o Pânico, na grande maioria dos casos, são pessoas que se sobrecarregam pelos outros. São pessoas boas, são pessoas amáveis, inteligentes e muito prestativas. Podem ser extrovertidos ou não, mas pessoas muito confiáveis e pessoas que querem abraçar o mundo em suas costas. Eles ou elas decidem que vão sofrer pelos outros para que os outros não sofram. Esse é o perfil da grande maioria de quem enfrenta e sofre de Pânico. É gente que sofre calada!

Por isso que não devemos julgar antes de conhecer e saber dos assuntos. Entre em sites especializados, pesquise e procure conhecer para não cometer burradas e bobagens que podem piorar o estado de saúde de seu ente querido ou amigo.

Acima de tudo isso que eu disse em poucas palavras; seja alguém que mostre que está se esforçando para entender e ajudar. Não passe a imagem de descarte, de zombaria, de indiferença. Esses sentimentos causam males piores que o próprio Pânico. Portanto, cuide e, como disse o poeta, “quando a gente gosta, é claro que a gente cuida”.

Nenhum comentário: