quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Se Não Fosse o Pecado



Imagine se não houvesse pecado no mundo de hoje! Uma série de coisas não aconteceria e provavelmente muitas das grandes mentes jamais seriam conhecidas! Não precisaríamos de médicos e nem de pesquisadores para achar curas de doenças malignas como a AIDS e o câncer! Não teríamos enfermeiros e nem de hospitais! Não teríamos pessoas internadas e gente presa nos corredores dos prontos-socorros recebendo tratamentos precários!

Não teríamos mais as sofridas despedidas! Ninguém precisaria ir embora o tempo todo porque no outro dia deveriam estar trabalhando e lutando pela sobrevivência! Talvez as pessoas pudessem se ver mais vezes e com um aproveitamento melhor do tempo! A saudade provavelmente seria morta com mais facilidade e sem muita burocracia! As famílias iriam se reunir mais e com grandes possibilidades de muito mais risadas do que brigas e bebedeiras fúteis!

Os cemitérios? Nem seriam conhecidos! Até porque não enterraríamos ninguém! Não seria bacana não ter velório de ninguém? Claro que seria! Ter seus pais e amigos que já se foram tão perto da gente e sem enfrentar o terrível e angustiante medo da perda deles! Bom, isso seria um sonho louco se não fosse uma realidade mais próxima do que você pode imaginar! Um dia isso tudo vai acontecer e será um dia lindo onde o céu vai descer e vai deixar de ser uma ideia teológica para ser o nosso lar, a nossa casa onde o pecado será apenas uma lenda, sem poder, sem efeito, sem existência!

domingo, 29 de janeiro de 2012

E Aí? Alguma Novidade?


Quando você pega o boletim todo o domingo, tenho certeza que expectativas inundam o seu coração, mesmo que sejam pequenas. Pelo menos, você espera algo de novo, algo que chame sua atenção, mas me permita dar um aviso: nāo há nada de novo debaixo do sol (Ec. 1:9b). Que constataçāo mais pessimista, e iniciar a semana com esse diagnóstico nāo traz muita esperança! Que tédio!

O Eclesiastes nos desafia a pensar e, como disse o Pr. Ed René Kivitz, "pensar dói". O pensar exige de nós a capacidade, ou pelo menos a tentativa de viver acima da mediocridade. O sociólogo Luiz Pondé diz que "o Eclesiastes deixa claro que o Deus de Israel nāo gosta de covardes". Eu lhe convido, na verdade lhe desafio a olhar a vida de uma maneira mais profunda e séria, sem os clichês "gospel".

Diante do desabafo sincero do Pregador, e talvez de muita gente, abre-se a porta para o que de fato é novo, ou seja, a singularidade. Todo dia nasce alguém até que esse "alguém" é seu filho. Sempre há uma novidade pra se viver quando se encara o desafio de entrar ma rotina da vida como se fosse a primeira vez. Como disse Peter Pan, personagem da obra homônima do escritor escoçês James Barrie: "Viver é a maior de todas as aventuras". E por que nāo cantar juntos com Gonzaguinha: "Viver e nāo ter a vergonha de ser feliz..."

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Os Que Vencem Ao Fracassar




Em tempos de teologia da prosperidade, dos “mais que vencedores”, daqueles que decretam e “deus” faz, dos que não adoecem, não se deprimem, comem das “iguarias da terra” e desfrutam do “melhor” que lhes está “reservado”, eu confesso: sou um derrotado!


Provavelmente não há esperança para mim... Existo em meio a contradições, minha alma está dividida, estou em “milhares de carros, eu estou ao meio”. A grande maioria dos meus sonhos nunca se cumpriu, boa parte dos projetos que idealizei deu em nada, já trabalhei sem ter resultados, me senti por vezes como Sansão, rodando a grande roda de moinho da vida sem sair do lugar.

Mesmo dizendo para mim mesmo que “tudo posso naquele que me fortalece”, continuo sentindo medo. Há “fantasmas” percorrendo as ruas sombrias da minha alma, lembranças que me atormentam, “vozes” que me assustam. Não raro sinto um aperto no coração, falta de ar, falta de espaço, falta de chão! Eu bem que queria ser daqueles que nunca retrocedem, que derrotam os “gigantes” e jamais caem na “batalha”, mas a verdade é que sou frágil, me canso, me desmotivo, sou como um qualquer, sou genérico, ainda que desejasse ser singular...


Como disse o Lulu Santos em sua canção, “já não tenho dedos pra contar de quantos barrancos despenquei, e quantas pedras me atiraram, ou quantas atirei”. Já me meti em muitas enrascadas, fiz escolhas desastrosas, perdi tempo, perdi dinheiro, perdi amigos, perdi vida, essa coisa preciosa que não se pode recuperar, vida que escorreu pelos meus dedos, seiva que se foi como um rio pelo esgoto do cotidiano.


Na verdade, “eu não sou um homem; sou um campo de batalhas” como afirmou Nietzsche. Dentro de mim há fogo, dores, desencontros e paradoxos. Estou em “guerra” contra Deus, contra o meu semelhante, contra mim mesmo. Luto para saber quem sou, por que sou, de onde vim, para onde vou? Por vezes eu tenho as respostas, já em outros momentos sinto-me suspenso, dependurado sob a navalha da verdade, encurralado entre a razão e a fé, entre o real e o intangível.


Mais há uma fagulha em mim que teima em não apagar. Mesmo reconhecendo que perdi muitas coisas, nunca se extinguiu a paixão que sinto por Deus. Ainda que eu esteja neste atoleiro existencial, onde não se vai nem para frente nem para trás, continuo crendo, pois existir é absurdo, é contra-fluxo, é contra-mão.


Eis, então, surge a “dialética de Paulo”: “de todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos”. Talvez lhe pareça o coro dos insensatos, mas não é. É paradoxo, é mistério, é, sem dúvida alguma, incompreensível tentar compreender com as lentes da razão aquilo que só pode ser discernido pelo coração.


Talvez seja por isso que eu continuo, insisto, não desisto. Há dias que estou de pé e outros nos quais me arrasto pelo chão gelado do inimaginável. Vou, como diz Che Guevara, “derrota após derrota até a vitória final”. Faço como me ensina a Escritura, “diga o fraco: eu sou forte”.


E quem foi que disse que só se vence quando se ganha? Que nada! Muito pelo contrário, há vitórias que só podem ser atingidas quando se é “derrotado”, pois é “morrendo que se vive para a vida eterna”! E aqui eu lhe afirmo: existe, sim, aqueles que só vencem ao fracassar, os que abriram mão de ser qualquer coisa que não seja em Deus.


Num mundo feito apenas para os “campeões”, prefiro ser perdedor. E se você quiser saber o que é derrota, eu vou lhe dizer, nas palavras de Martha Medeiros: “derrota é quando a gente ganha dos outros, mas desiste de si mesmo”. A bem da verdade, já desisti de mim muitas vezes, e só continuo por aqui porque “Ele” jamais desistiu...


By Carlos Moreira (co-editor do blog Genizah)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Me Pala Bas


Sempre que existe algum de tipo de situação ou alguém com falta do chamado desconfiômetro logo se entende que a pessoa ou a situação em questão não captou bem a mensagem do ditado popular que diz: “Para um bom entendedor...”. Na realidade, entender o ser humano e seus desdobramentos resultando nas conhecidas situações chamadas “mancadas” ou “desaforo” não é lá uma tarefa para heróis. Essa é uma tarefa para gente normal que entende as discordâncias e incoerências humanas. Mas se alguém insiste no auxílio de m herói, que ele seja então um de nós, não um alienígena com super poderes.

Ao mesmo tempo, o homem é e também não é; pensa e ao mesmo tempo não pensa; entrega-se e se abre emocionalmente para alguém ou para algo e ao mesmo tempo se fecha e se torna alguém amargurado. É um poço de decisões indecisas e é a melhor de todas as criaturas, pelo menos para os otimistas.

É um milagre se você encontrar um bom entendedor hoje em dia. Diante de tanta correria e de tanto stress, ser um bom entendedor é um desafio, muito mais que uma virtude. Entender o outro requer colocar a si mesmo no lugar do outro. Quem está querendo isso hoje? Quem é o herói que se põe no lugar do outro e compreende seus medos e suas inseguranças? Na cultura atual reza-se muito mais pela valorização pessoal do que pela valorização coletiva. Eu posso até amar o outro, desde que ele ou ela me ame primeiro; eu até penso em perdoar, desde que a pessoa venha e se ponha de joelhos diante da minha presença e peça perdão aos prantos e berros.

Pedimos por bons entendedores, mas ninguém se habilita. Aliás, temos alguns dentro dos consultórios terapêuticos que aceitaram o desafio, mas há uma ajuda de custo para este fim. Diante de um quadro tão desesperador, quem poderia nos ajudar? Claro que não seria o Chapolin, apesar de ser uma opção a se considerar, mas deveria ser alguém real, alguém que fosse humano e que entendesse os sofrimentos e as alegrias de todos nós sem jogar nada na nossa cara depois.

Precisávamos de um Redentor, mas também de alguém que nos ensinasse a ser gente melhor, a sermos amigos melhores, a sermos pessoas mais próximas do ideal e uma das outras sendo esse alguém, ou seja, mostrando que é possível entender ser compreendido, mesmo que não fosse unânime. Aliás, esse humano perfeito não deveria buscar unanimidade, e sim buscar faíscas humanas no ser humano e lembrar esse humano que não existe nada melhor do que ser apenas humano. Sabemos que o processo é longo e não poucas vezes doloroso, mas é na dor de parto que um ser novo começa a viver fora do útero.

Para um bom entendedor, na verdade, não é preciso palavra alguma, e só houve um Entendedor que nem precisou só das palavras; Suas ações gritaram pelos becos e favelas, pelos prédios e pelos condomínios, pelos templos e pelos montes. Na cruz, meias palavras foram um meio para transmitir verdades inteiras atingindo entendedores recém-nascidos.

Medicina Alternativa


William Shakespeare imortalizou uma história de amor que acabou em tragédia. Uma maneira de se interpretar o conto é dizer que o ódio e o orgulho das famílias rivais falaram mais alto ou, para ser mais direto, foi mais importante que o amor entre os dois jovens amantes; membros de famílias diferentes.

Romeu e Julieta são ao mesmo tempo uma celebração do amor e uma denúncia. Eles expõem para o mundo inteiro um dos maiores males, senão o maior, do ser humano, a saber, a dificuldade beirando a impossibilidade de perdoar. O casal precisou morrer para poder ficar juntos. Queriam enganar a morte, mas a morte não se engana, ela precisa ser vencida. Vencendo-a, não existe melhor aliada. Ao invés de viver uma vida juntos, Romeu e Julieta perceberam que suas famílias não se entendiam, seus entes preferiram o ódio, optaram pela raiva que depois de anos só existia por causa de uma tradição e nada mais.

E se houvesse perdão? E se houvesse uma possibilidade de convivência respeitosa? Afinal de contas, os filhos se amavam e eles são, ou deveriam ser mais valiosos que qualquer briga. A vida da gente se confunde um pouco com a vida desse casal. Às vezes, percebe-se que é melhor deixar do jeito que está, isto é, não motivado por sabedoria, mas por orgulho. Não há possibilidade de cura por meio do perdão se o orgulho for mais forte.

Perdoar não é fácil, mas conviver com a mágoa todo o momento trazendo à nossa memória dores causadas pelos outros e corroendo a alma dia após dia é insuportável. Mas na maioria das vezes optamos por esse caminho, preferimos sofrer calados a sofrer as dores da cura interior. Anestesiar a alma com desculpas e razões egoístas é mais fácil que mexer na ferida até cicatrizar, mas mais cedo ou mais tarde a anestesia passa e voltamos a encarar a realidade dos fatos. Alguns preferem se drogar novamente, outros escolhem passar pelo tratamento do perdão, pelo processo curativo de deixar viver o outro e a si mesmo.

Voltando ao romance shakespeariano, a morte do casal trouxe reconciliação entre as duas famílias. A tentativa de fuga se transformou no mais famoso suicídio da dramaturgia, mas também trouxe luz às duas maiores verdades universais: “É melhor prevenir a remediar” e “Perdoe as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Se houvesse uma reconciliação antes, se a chance de um diálogo pudesse encontrar lugar na historia, se o orgulho fosse apenas coadjuvante e não um dos principais protagonistas talvez o final fosse diferente.

Deus, entendendo nosso orgulho e não aceitando a situação de separação de Sua mais bela e perfeita obra, resolve “se matar” para que houvesse reconciliação entre Criador e criatura, entre Pai e Seus filhos rebeldes. Diferentemente da peça teatral, Cristo volta à vida possibilitando o efeito poderoso do perdão e também se abre a porta de uma segunda chance para a humanidade. Cristo ensina que o perdão vem através de sangue, suor e lágrimas; não é uma escolha fácil de tomar, mas não há nada nesse mundo mais forte e libertador que dizer “eu te perdôo”. Não é um processo simples e indolor, como alguns podem achar, mas é o único que possibilita o homem gerar vida no outro e permiti-lo experimentar a plenitude da vida.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Tudo No Todo


Todos têm a mania de montar uma lista de prioridades da vida. Em primeiro lugar Deus, depois família e o que vem em seguida pode variar de posição, inclusive as duas primeiras citadas. Mas eu sempre me confundia com minha própria lista. Deus sempre esteve em primeiro lugar, mas as outras coisas nunca se acertaram. Sempre uma coisa tomava o lugar da outra dependendo das situações e do meu humor. Na verdade, diante de tantas mudanças eu não percebia que não tinha nenhuma delas.

A mensagem de Cristo é diferente das mensagens das prioridades. Todas as coisas são Dele, são para Ele e por Ele. O sonho da noite, a música que anima e a que faz refletir, o poema que faz a gente entender melhor a vida, as peças teatrais e literárias, todas as coisas estão e são em Cristo completas.

Depois de Cristo não há prioridades, há apenas uma compreensão de que ou se tem Cristo e com Ele todas as coisas ou não se tem nada. A plenitude, ou seja, o completo significado e a completa essência de algo só encontram seu valor real quando olha para o Criador e Consumidor de tudo.

A música tem seu valor mínimo quando feita para apenas ganhar dinheiro; um meio para conseguir realizar desejos e prazeres. Mas quando feita com toda a beleza , simplicidade e seriedade que ela normal e naturalmente requer, aí então se percebe que foi feito música e não algo que se pareça de maneira bem medíocre com ela. CS Lewis dizia que desejava a Cristo e não algo que se parecesse com Ele.

Quando todas as coisas são compreendidas dessa forma, não há pódios ou lista dos tops mais. Não há lugar para primeiros e nem últimos. Há apenas um lugar, o Único lugar. Cristo jamais intentou dividir as coisas em prioridades, rebaixá-las ou elevá-las a certos níveis de importância. Ele é tudo e o tudo é Ele; só que infinitamente mais completo.

Estando em Cristo, você pode encontrar sinais da graça em todas as partes da criação. Não estando em Cristo você só enxerga as desgraças da queda. Se escolhermos, pela graça e fé que não vem de nós, a Cristo, escolhemos com Ele todas as coisas, se O negamos, também negamos todo o resto. O mundo nos é dado desde que creiamos no Único Provedor. Sem Ele nada do que foi feito se fez ou seria feito.

No sermão do Monte, Jesus disse que os seus discípulos deveriam buscar o Reino de Deus e sua justiça e as demais coisas seriam acrescentadas. Aqui não há uma ordem de prioridades, apenas uma constatação de fatos. Se buscarmos a Jesus, que é a justiça do Reino em pessoa, todas as demais coisas virão. Não é uma ordem ou promessa, e sim uma afirmação de que com Ele temos todas as coisas e somos livres para escolher aquilo que melhor O elogiaria. Se não O buscamos e O negamos, temos e somos absolutamente nada e não estaremos em lugar nenhum. Estaremos perdidos nas nossas inconstantes prioridades que nunca conseguimos priorizar.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Chaves do Evangelho

Quem nunca assistiu ao programa de humor infantil chamado “Chaves”? Creio que todo mundo já viu pelo menos um episódio, mas o que poucos sabem é que o nome “Chaves” é uma versão traduzida do original mexicano “El Chavo” que significa “o menino de rua”. “Chaves” nada mais era que o menino pobre, sem nome, que morava na casa de número oito. Roberto Gomez Bolaños, o criador do personagem e de tantos outros, pensou na história de um cortiço onde mora um desempregado com sua filha, uma viúva que se acha a dona do pedaço e seu filho mimado, uma aposentada e um menino de rua; e ainda tinha o senhorio, o dono do cortiço que vinha todo mês cobrar o aluguel! Critica social e humor estão presentes como ingredientes principais dessa obra televisiva.

Mas minha idéia aqui é usar uma frase totalmente despretensiosa de um dos episódios onde o Chaves diz: “Prefiro morrer do que perder a vida”! Tirando os erros gramaticais da frase, eu percebi algo aqui que o próprio Bolaños não intencionou dizer.

Numa das passagens mais desafiadoras da Bíblia, Cristo diz aos seus discípulos que quem vive por viver, vive em favor de si mesmo e de forma egoísta não vive e não tem vida; mas aquele que perde sua vida, ou seja, vive sob custódia do amor de Cristo, sob custódia do próprio cristo, isto é, Cristo ser o dono do meu nariz, não morre, mas vive.

Quando Chaves disse a frase foi para fazer uma piada redundante, mas para Cristo não redundância alguma. Morrer é diferente que perder a vida, na verdade, perde-se a vida em vida e não na morte, e a vida começa a ser plena na morte.

Em outra ocasião, Cristo afirma que aquele que acreditar Nele, ainda que morra, viverá. Não é um paradoxo? Não cria uma confusão? Claro que cria na cabeça de alguém que pensando que a vida se resume nas experiências daqui dessa terra. Paulo, o apóstolo, diz que viver é Cristo e morrer é lucro. Como assim? Paulo disse simplesmente que é possível viver ou experimentar viver o que é vida plena a começar daqui e também é possível morrer ou experimentar a nulidade causada pela morte ainda que estejamos vivos e de olhos bem abertos. Dessa forma, é possível acreditar em mortos-vivos!u prefiro morrer a perder a vida, porque a morte não é mais problema para os que estão em Cristo, para os que acreditam que Cristo venceu a morte e agora nada nos separa da verdadeira vida, sem as marcas da dor, sem o cheiro da morte!

á uma segunda chance para aqueles que acreditam na vida sem a morte Pelo fato de Cristo ter matado a morte, não há um fim para o filho de Deus, mas um novo começo ou talvez o verdadeiro começo.

Se você for alguém que pensa que a vida se resume às riquezas e do dinheiro, pode se considerar a pessoa mais miserável, mas se você for alguém que sabe que todas as riquezas e todo o ouro e todos os carros e todas as roupas de marca são apenas rabiscos desenhados por uma criança perto de todo do tudo que está sendo guardado para ser entregue a todos os homens, então pode se dizer que você prefere morrer do que perder a vida.

Já Desabrochou


Imagine uma rosa, agora tente imaginá-la com um caule lindo, comprido, grosso e sem espinhos. A felicidade da Rosa estava em ser admirada, tocada, e às vezes colhida para servir de uma espécie de presente comparativo, ou seja, presenteava-se alguém com rosas, especialmente mulheres, comparando a beleza e a perfeição da Rosa com a pessoa amada.
Havia uma regra no Jardim onde essa Rosa estava plantada. A norma era simples, mas com conseqüências trágicas se houvesse o descumprimento dela. Era dito que se o representante de toda a criação, de todo o Jardim, chamado Homem, comesse certo fruto proibido todo o Jardim sofreria uma transformação, uma maldição. Nessa maldição o Homem não seria mais Homem, seria apenas homem; a Rosa não seria bem uma Rosa e o Jardim não seria mais aquele Jardim!
O pior aconteceu! O Homem comeu do fruto proibido, a maldição caiu sobre todo o Jardim e a Rosa sentiu dores piores que as de parto, pois começavam a crescer em seu caule, que agora era mais fino e frágil, espinhos duros e pontiagudos. Agora a Rosa machucava, agora a Rosa causava uma nova sensação chamada Dor por causa dos espinhos. Olhando para os espinhos, a Rosa não se reconhecia mais. Tudo havia mudado!
As rosas não mais se abraçavam ou dançavam juntas, não mais se encostavam, doía demais estar junto. Os espinhos não deixavam que ninguém se aproximasse demais delas. A Rosa percebeu que a mesma coisa estava acontecendo com todo o Jardim. Ao invés de estarem juntos, todos estavam se afastando. A aproximação causava Dor e ninguém queria sentir dor, mas também ninguém queria estar sozinho. Os habitantes do Jardim agora estavam criando formas de estarem juntos sem se machucarem, mas nada resolvia porque cada um tinha um jeito de machucar e um jeito de ser machucado!
Só havia um jeito! O Criador e Rei do Jardim Encantado conversou com Seu Filho único e disse que somente a morte Deles resolveria o problema da maldição. Todas as dores e machucados que deveriam ferir ainda mais o Jardim, cairia sobre Eles. Para concluir o plano, o Criador e o Filho se uniram à forma humana e justos formaram o que se chamou de Homem Deus. Homem Deus realizou feitos incríveis chamados de Milagres, que são pequenas amostras de como o Jardim seria sem a maldição. Mas a Serpente, que havia se conformado à maldição, planejou a morte de Homem Deus, mas o que ela não sabia era que a própria morte Dele era parte do plano.
A Serpente consegue convencer o Jardim a matar Homem Deus. Pregado na árvore do fruto proibido, Homem Deus grita com suas últimas forças que tudo estava resolvido. O grito foi ouvido em todas as partes e todo o Jardim foi liberto da maldição. O que a Rosa não entendia era que ela ainda tinha espinhos, mas ela também não entendia matando um inocente a própria Morte é vencida. Homem Deus volta à vida, mas sem espinhos. Estava sem dores e sem machucados, apenas a marca que lembrava todo o Jardim que não havia mais maldição. Isso fez a Rosa imaginar que no verdadeiro Reino de Homem Deus é possível viver sem espinhos e sem dor.