terça-feira, 17 de novembro de 2009

Dois em Um!


Um dos lugares mais fascinantes na Bíblia para mim não é o Monte Sinai, nem o Mar Vermelho por conta do miraculoso incidente registrado no livro do Êxodo. Meu lugar preferido na verdade se completam, eles não vivem sem o outro, não haveria sentido o isolamento desses lugares na história cristã. O lugar, ou melhor, os lugares a que me refiro são o Calvário e o túmulo que agora se encontra vazio.

Toda a nossa fé, esperança, alegria e confiança estão na certeza de que esses lugares são reais, e mais ainda, tudo o que ali aconteceu foi verdade. Mas as implicações desses acontecimentos na vida, os resultados e os significados profundos ali expostos são de extrema importância para uma realidade como a nossa onde se valoriza muito o poder, a posição, o cargo, a nomeação, o dinheiro, a valorização do dízimo mais recheado.

O Calvário nos aponta para um Rei, o verdadeiro Rei, sendo humilhado, crucificado de maneira horrível, onde suas partes íntimas estavam expostas, seu sangue sendo derramado sem a mínima pena, suas dores sendo motivos de piadas e escrachos. Muitos ali passaram e não deram a mínima atenção ao mais importante evento da história; Deus reafirmando Seu amor aos homens expondo Seu Filho ao ridículo, ao escárnio, à total humilhação. No Calvário, o mais importante de todos os homens que já passaram ou passarão nessa Terra estava sozinho, sem glória, mas realizando o maior milagre já realizado; dar vida àqueles que estavam mortos, dar casa àqueles que estavam sem um lar, dar direção àqueles que sempre estiveram perdidos em suas emoções e expectativas.

Mas ficar só no Calvário, que já é em si um lugar de profundos e maravilhosos significados, é desconsiderar outro lugar também de mesma importância que alimentam ainda mais as esperanças de um novo amanhecer na vida de cada ser humano. E o lugar é o túmulo de José de Arimatéia, um túmulo que por três dias foi usado pelo Filho de Deus, mas que no final das contas acabou ficando vago!

O salmista não estava errado quando ele disse que nossa alegria viria pela manhã. O sol ainda nem havia mostrado seu brilho, Cristo já havia ressuscitado. O túmulo vazio significa que temos certeza que nosso amanhã será melhor que nosso presente, ainda que não apresente muita coisa positiva. O túmulo vazio traz ao nosso coração a verdade que Ele está vivo e movido pelo amor que O levou ao Calvário também O trouxe perto do nosso sofrimento capaz de trazer alívio e confiança.

O Calvário e o túmulo vazio nos fazem continuar crendo, mesmo que pareça uma atitude insana, mesmo que alguns encarem como uma máscara, uma maquiagem para nossos sofrimentos. Mas na verdade não há máscara que caiba no Calvário, não há maquiagem que resista ao túmulo vazio, não há incredulidade quando estamos diante de Alguém que não só está vivo, mas nos faz desejar viver cada dia, cada minuto e cada momento, mesmo que pensamentos de morte rondem nossa mente, mesmo que desejos de desistir de tudo e ter a sensação de não agüentar absolutamente mais nenhuma provação ou tentação, Ele sempre estará bem do nosso lado, pronto pra nos escutar!

Quero Ser Livre!


Um dos filmes que mais me emocionou foi o filme do Mel Gibson intitulado “Coração Valente”. Ele tem esse título, pois se refere a um homem chamado William Wallace que por algumas razões apresentadas durante a película decide lutar pela liberdade de seu povo escocês oprimido pela, até então, tirania e autoridade abusiva da Inglaterra. Nada o impedia de conquistar tal objetivo, nem a politicagem interesseira dos nobres escoceses, nem as barganhas que o rei inglês o oferecia, nem mesmo a paixão repentina por uma princesa. Numa das cenas mais fortes do filme, Wallace estava prestes a ser torturado e morto pelo seu ideal quando ele é visitado pela princesa e ela pede que ele desista de tudo, assim ele poderia viver, mesmo que fosse preso numa torre. A resposta dele é fantástica! Ele disse que mesmo que ele vivesse, negando o que ele acreditava e lutara até então, ele já estaria morto.

Eu posso estar muito enganado, mas vejo nos olhares das pessoas cristãs hoje e percebo um desejo interno muito forte por liberdade. Muitas abririam mão de suas vidas por essa liberdade, desistiriam de sonhos, desistiriam de si mesmos apenas para sentir o vento bater em seus rostos, sentir a chuva, sentirem-se livres.

Mas talvez você se pergunte que tipo de liberdade é essa que me refiro. Refiro-me a uma liberdade que não está vinculada a nenhuma religiosidade, que faz com que a pessoa se sinta de fato e de verdade livre e salva de qualquer imperialismo religioso, livre de qualquer Talibã disfarçado de denominação religiosa. O deus apresentado em alguns sermões em algumas igrejas não tem nada a ver com o verdadeiro Deus. Existe uma idolatria evangélica a um deus que não condiz com o real Rei dos reis e Senhor dos Senhores, uma idolatria movida por barganha onde o dízimo é a principal característica da salvação e da fé das pessoas. Os argumentos distorcidos usando a Palavra de Deus para angariar mais fundos para seus objetivos mais obscuros acabam sendo palavras que Deus nunca quis dizer e nunca dirá.

A religião trouxe um fardo mais pesado que qualquer um não consegue carregar. Um fardo que pesa na família, na mente, no coração. Ouvimos muito frases como: “Você não tem fé” ou “Determine a benção sobre sua vida”, vemos vídeos em que a prosperidade está relacionada a carros, jatos, iates, viagens e roupas de marca. Traz outro evangelho, outro deus, outro Jesus, outra fé, mas logo a frente as pessoas percebem que esses outros elementos não existem e acabam abrindo feridas quase que incuráveis e uma decepção profunda, pois o deus apresentado falhou, errou, não me amou de fato.

Quero ser livre desse evangelho mortal e que de boa nova não tem nada a ver. Quero ser livre para adorar a Deus da maneira que Ele merece e quer, não da maneira que os homens me obrigam a fazer, quero ser livre para não julgar as pessoas por quaisquer tipos de pecados cometidos por elas, quero ser livre para poder ir e vir a casa de meu Pai dando o meu melhor, mesmo que esse melhor seja um chinelo de dedo e uma bermuda, quero ser livre para poder dizer a Deus o que sinto quando estou decepcionado com Ele e mesmo assim saber que Ele continua a me amar independente da minha revolta. Quero ser livre para poder confessar meus pecados e não ser julgado por eles, quero ser livre para poder falar das minhas falhas e que ninguém as jogue na minha cara, quero ser livre para ser quem Deus quer que eu seja.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Coincidência!?


Hj é sexta-feira 13. E daí? O bom é que cheguei à postagem número 200!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Olimpíadas No Céu!


A gente fica emocionado quando vê uma abertura dos Jogos Olímpicos, emociona-se ainda mais quando coisas incríveis acontecem durante os jogos como quebras de recordes, rostos emocionados no pódio, as superações quase que mitológicas de alguns atletas, e ficamos com uma mistura estranha de saudade com nostalgia quando assistimos a festa de encerramento.

Cenas históricas acontecem durante os Jogos. Corredores exaustos, quase sem fôlego, cruzam a linha de chegada regados pelos aplausos da arquibancada lotada e pelos gritos eufóricos de gente que sabe que está vendo algo especial. Às vezes nem ganham medalhas, mas recebem o prêmio de serem heróis e não precisam das medalhas para garantir o lugar no pódio dos heróis olímpicos. Gente que supera seus limites, que acredita que pode alcançar o inalcançável, gente que acaba se descobrindo cada vez em cada olimpíada, em cada jogo, em cada derrota, em cada vitória.

O mais bonito nas Olimpíadas é a reunião de todos os povos, línguas e nações. Reunidos com o mesmo propósito; celebrar o esporte, celebrar a vida, celebrar a vitória e celebrar a derrota. Claro que ninguém quer perder, mas muitas vezes a derrota acaba se tornando vitória pela garra, pelo suor, pela teimosia de querer ganhar.

Quando olho para o céu, vejo povos, línguas e nações reunidos com um mesmo propósito. Agora não mais competir, mas celebrar a vitória, mesmo que à custa de duras derrotas pelo caminho, ainda que à custa de difíceis situações que não conseguimos superar. No céu, um pouco diferente dos Jogos daqui da Terra, há lugar pra quem perdeu aqui, há lugar pra quem em algum momento não conseguiu, pois os últimos serão os primeiros. No céu haverá celebração da vitória sim, mas da vitória Dele. Tudo será lembrado e todas as nossas conquistas celebradas, mas por causa Dele, apenas de Cristo.

Ficamos todos petrificados diante das telas de televisão quando ganhamos uma medalha, ficamos emocionados quando ouvimos nosso hino tocando em terra estrangeira, ficamos orgulhosos quando um dos nossos lá no estrangeiro faz o mundo se ajoelhar e honrar a nossa bandeira. Agora quanto mais orgulho e expectativa deveram ter quando ouvirmos o coro do hino nacional celestial, regido talvez por anjos cantando o coro de “Aleluias” e todos nós honrado o Príncipe da Paz com a bandeira da cruz estendida no mastro celebrando a vitória sobre ela e sobre a morte.

Imagino aquele dia onde todos os reuniremos e não mais haverá competição entre nós, pois todos terão suas medalhas de ouro esperando por nós. Não teremos mais espaços para os mais ou menos espirituais, mas apenas um povo, uma nação, um Senhor. Mas ainda há abertura desses jogos, o mundo precisa ver que há uma Olimpíada acontecendo, uma Olimpíada da vida, uma celebração da vida. É necessário que entendamos de uma vez por todas que não fomos feitos para competir conosco, mas celebrarmos a vitória de uma só pessoa: Jesus. Portanto, você não é meu adversário, é meu compatriota.

Brindes ou Abóboras!


Tem uma cena que me comove muito na série de filmes baseado nos livros de J.R.R. Tolkien intitulados “O Senhor dos Anéis”. No terceiro e último filme chamado “O Retorno do Rei” tem um momento em que os heróis da trama, depois de terem sido os diretos responsáveis pela salvação do mundo, voltam pra casa. Estão numa taverna da vila e os quatros pequenos heróis estão brindando a amizade, mas totalmente anônimos desconsiderados. A grande atenção na taverna era na verdade uma abóbora gigante que acabara de ser colhida.

Toda a atenção estava para essa abóbora. Ela não tinha feito nada de tão especial, apesar do seu tamanho. Os habitantes da vila acariciavam, limpavam, beijavam a abóbora, mas na mesa ao lado, os quatros salvadores do mundo estavam sozinhos; aliás, tinham em comum a amizade e a companhia. Não foram recebidos com aplausos e acredito que os moradores nem tomaram conhecimento do que aquelas pequenas criaturas, seus semelhantes, tinham acabado de realizar.
Vejo que temos um pouco disso na nossa vida cristã. Nós queremos ser essa abóbora gigante. Queremos ser reconhecidos e desejamos ouvir elogios que massageiem nosso ego. Poucos desejam ser anônimos, poucos reconhecem que nada desse mundo permanece para sempre, nada desse mundo pertence a nós, nem mesmo o corpo, poucos querem apenas brindar, sabendo que a recompensa vem, mas não agora.

Às vezes me sinto meio que perdido nesse mundo. Há tantas pessoas na busca do seu lugar ao sol e não conseguem. Há tantos que buscam apenas um elogio dos seus pais, amigos, do seu pastor, mas se esquecem que isso são apenas carinhos e beijos em abóboras, que logo mais não vão passar de meras lembranças, isso se lembrarem. Não estou dizendo que elogios são ruins, só estou dizendo que não devemos nossa vida a eles, aliás, não devemos nada a eles.

Sou tentado constantemente em me transformar numa abóbora gigante, numa aberração, talvez assim alguém me note. Mas sempre sou lembrado que não preciso disso, não fui feito para isso, não sou isso.

Fui feito para brindar, fui criado para entender que mesmo que os meus não me aceitem do jeito que sou, existe alguém que quer que eu abra a porta do meu coração e deseja brindar comigo e eu com Ele, mesmo que ninguém tenha tomado conhecimento. O mundo sabe honrar e pisotear ao mesmo tempo, sabe reconhecer o tamanho de uma abóbora gigante e depois usar isso como objeto de humilhação. Mas na mesa do brinde não há lugar para isso, ali somos todos iguais, somos vitoriosos porque Ele venceu primeiro.

Na mesa do brinde não lugar para maior ou menor, não há disputa para saber quem é mais sábio, mais poderoso, mais líder; há espaço apenas para servos, gente que sabe que é especial, mas não precisa contar pra ninguém, porque quem merece saber já sabe antes mesmo de haver abóboras gigantes.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Entre Olimpos e Getsêmanis!


Peço a sua atenção apenas por poucos minutos do seu precioso tempo para que você, junto comigo, reflita em algo que penso ser algo mais precioso do que qualquer coisa, inclusive o nosso tempo. Chegamos a um momento crucial na nossa existência cristã. Acredito que não chegamos onde estamos por acaso e creio mesmo que tudo tenha seu propósito e razão de acontecer, apesar de outros pensamentos contrários a isso!

O momento crucial que vejo aqui é sabermos identificar por onde queremos atravessar para termos uma vida, podemos usar essa palavra sem preconceito, vitoriosa.

Gosto muito da mitologia grega e vejo que essa mitologia sempre esteve se associando um pouco com o comportamento humano desde seu início até hoje. Vejo homens desafiando o poderio dos deuses por uma suposta liberdade, vejo pessoas desejarem estar na posição dos deuses e também vejo que esses lugares divinos de destaque sempre estiveram ocupando os sonhos dos homens, especialmente quando se trata de poder.

Existe outro lugar de destaque, mas um pouco diferente da mitologia. Esse lugar é palco de violentos confrontos reais entre nós e nossos desejos. É um lugar onde se chora muito e onde é possível ver sangue se misturando ao suor, tamanha a angústia e a dor. Nesse lugar não há espaço para soberba, mas há lugar para quem quer enfrentar a realidade de que precisamos uns dos outros, mesmo que os outros não compareçam ou prefiram dormir. Nesse jardim redentor há espaço para escolhas certas, ainda que sejam aquelas insuportáveis.

A diferença é que entre o Olimpo e o Getsêmani o poder se fez servo da redenção. O mais importante não estava em querer ser Deus, o controlador, mas querer ser humano e ser aquele que traria não uma suposta liberdade, mas presentear o mundo com a presença humana de um Deus verdadeiro. Cristo nos ensina que apesar das companhias mais necessárias para aquele momento falharem, há alguém que não nos desampara jamais, que desce ao nosso encontro trazendo consolo onde seria impossível sentir. No mais improvável dos lugares, no meio de sangue, suor e lágrimas, vemos que não precisamos de máscaras e podemos dizer que nosso coração está sofrendo até a morte, podemos pedir ajuda, podemos reconhecer nossos sofrimentos, medos e pânicos sem sermos tachados de doentes.

O Getsêmani é lugar de cura, é o início da caminhada da redenção onde se passa pela cruz para se levantar na ressurreição. Há muitos que preferem permanecer no Olimpo e se esquecem que esse lugarzinho das histórias gregas não passa de uma obsessão por um poder imaginário. O Olimpo existe apenas nas mentes férteis de quem quer ser um deus grego.

O Getsêmani, além de ser real, foi visitado pelo único Deus que se fez carne e habitou entre nós, conhecendo nossas dores e limitações. O Getsêmani é lugar de escolhas difíceis, mas que trarão vida e vida em abundância.

Do Olimpo sou derrubado pelas minhas falsas impressões de deuses que nunca foram reais, a não ser nas minhas idéias e interpretações erradas. Do Getsêmani sou levado à ressurreição.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Nem Reforma. Nem Revolução!


Ao longo da história temos exemplos de momentos onde se pedia por revoluções, outros momentos pediram por reformas, isso em todas as áreas humanas. Na política, vive-se pedindo reformas trabalhistas, reforma agrária, reforma legislativa. Na sociedade, quase que se pede uma revolução contra o crime organizado; dá a impressão que a população torce para que haja mesmo uma guerra nos morros, nas favelas, nos grandes centros de tráfico. Tudo em nome de uma vida melhor, de uma sociedade melhor, de seres humanos melhores.

Na religião acredito que não seja diferente. Estamos cansados de observar briguinhas de líderes religiosos via internet e também nos bastidores do poder clerical em cada igreja local ou em cada presbitério ou em cada assembléia. Estamos em um estado emocional tão estafado dessas porcarias acontecendo no nosso meio que pensamos em outra reforma ou em uma revolução de fato. Mas minha proposta aqui é diferente; não é nem reforma e nem revolução.

Antes, porém, vale uma confissão aqui. Sempre tive um ímpeto por revoluções. A Reforma Protestante foi uma revolução de certa forma. Mas percebi que ambas as alternativas deixam baixas incontáveis; vidas de seres humanos que nem precisavam ver a realidade só por esse prisma. Minha proposta é apresentar, de fato e de verdade, a redenção.

Essa é a proposta de Cristo desde o início. Jesus nunca pensou em vir à Terra e fundar uma religião nova ou ser alguém que fosse lembrado por isso. A proposta de Cristo é clara e objetiva: redimir, encontrar o que estava perdido, amar aquele que nem sabia que existia tal verbo, festejar o encontro, humanizar o que foi sendo desumanizado ao longo do tempo.

A redenção não tem baixas, apenas vida contagiando novas vidas. Na redenção não há discussões inúteis e totalmente fúteis para a necessidade humana. Na redenção não há briguinhas por poder ou por sermos os melhores, apenas há espaço para o outro ser o melhor e sempre sermos aqueles que lavaremos os pés. Na redenção não julgamentos, porque todos estão andando na mesma direção e quando um cai é totalmente compreensível; é só olhar a quantidade de obstáculos que temos pela frente.

Aqui não há uma utopia, há uma realidade que muitos enxergam, sabem, entendem, mas não querem, pois acham o preço muito alto. Pensam que deverão fazer esforços absurdos para conseguir algum tipo de favor. Mas a redenção é o melhor caminho, pois não preço a ser pago, pois a dívida foi quitada. Na redenção não precisamos nos auto flagelar através das normas rígidas de uma religião que incentiva muito mais a punição do que a liberdade. Na redenção há sim uma cruz a ser carregada, mas não sozinha. A cruz da solidão foi carregada por Cristo para termos a oportunidade de não andarmos mais sozinhos.

Por isso, não acredito que ficarmos brigando, discutindo, alimentando pensamentos desagradáveis em nossa mente vá resolver algo e camuflar isso de “reforma” ou “revolução”. As pessoas valem mais que qualquer tipo de movimento. E isso foi provado quando Cristo apresentou a alternativa melhor, e única, quando apresentou ao mundo que é possível voltarmos pra casa. Não precisamos reformar e nem revolucionar, mas sermos redimidos.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Por Que Esses Comerciais Não Passam No Brasil?

O Último dos Humanos!


Existe algo latente na nossa realidade. Há um processo que começou a se acentuar na nossa sociedade onde mostra claramente que estamos chegando ao fim de todas as coisas. Hoje em dia certas notícias nos chocam; outras nos deixam perplexos; outras despertam discussões nos programas de TV e outras nos deixam com a cara no chão. E são através dessas notícias que conseguimos perceber como nós entramos em um processo doloroso e cruel de desumanização.

Não se ouve mais sobre perdão, mas ouvimos sobre guerras de traficantes e policiais, de pais e filhos, de patrões e empregados, de maridos e mulheres numa tortura para ambas as partes, porque todos na verdade só querem viver. Está se tornando difícil vermos manifestações de misericórdia nas nossas comunidades religiosas e nem mesmo temos tolerância nas faculdades. Nos programas de televisão acaba sendo um pouco duvidoso certas atitudes de carinho e de ajuda, chegamos a duvidar se tudo aquilo não é mais um show de má fé.

Não preciso gastar a sua paciência e nem das minhas palavras para enumerar aqui outros argumentos sobre como estamos nos desumanizando a cada minuto, a cada instante. Cristo havia previsto isso quando de maneira muito singela nos disse que nos últimos dias o amor se esfriaria, ou seja, a maior característica que nos faz sermos o que somos está no ponto de entrar na era glacial existencial.

Quando Deus nos criou, Ele nos fez à Sua imagem e semelhança, ou seja, se Deus é amor, assim também somos amor, ou pelo menos deveríamos ser. Há o detalhe claro do pecado em toda essa história, onde se mancha o que foi criado de forma bela. Na verdade, tudo começou quando o homem quis ser Deus; mais uma vez um indício de desumanização aí. Mas Deus mostra com seu Filho encarnado que é possível retornarmos aos mais primários passos para uma cura humana.

Acredito que você esteja cansado de tanta dor e de tanta angústia provocada por nós mesmos em pessoas que nem mereciam tanto assim tamanho castigo por algo que seríamos capazes de fazer igual ou pior. O propósito desse artigo é saber quem está ouvindo o chamado celestial para voltarmos à humanidade na mais bela e singela forma, na forma de uma criança.

Gostaria de saber quem ouvirá o chamado de ser talvez o último humano a ser conhecido na Terra. Aquele humano que erra demais, mas não se culpa, porque sabe que tem perdão logo ali. Aquele humano que ainda sente limitações por estar numa realidade cruel e injusta, mas mesmo assim teima em não perder a fé. Aquele humano que se desespera quando é atingido por tragédias, mas seus olhos se direcionam para o céu em busca de uma gota de esperança para não entrar em pânico e perder totalmente a razão. Aquele humano que sabe que sempre haverá razões e motivos para desistir, mas insiste em se levantar e saber que o chão não é seu lugar.

Alguém se habilita?

E Viva Finados!


Quando Igreja Não É "Igreja"!


Igreja tem que ser coisa de gente de Deus, de gente livre, de gente sem medo, de gente que anda e vive, que deixa viver, que crê sempre no amor de Deus; e sobretudo, é algo para gente que confia, que entrega, que não deseja controlar nada; e que sabe que não sabe, mas que sabe que Deus sabe...

Somente gente com esse espírito pode ser parte sadia de uma igreja local, por exemplo. Entretanto, para que as pessoas sejam assim seus pastores precisam ser assim.

Se o pastor é assim, tudo ficará assim. Ou, então, o tal pastor não emprestará a sua vida para o que não seja vida, e assim, bem-aventuradamente deixará tal lugar de prisão disfarçada de amor fraterno.

Em igreja há problemas...

É claro... Afinal, tem gente!

Mas nenhum problema humano tem que ser um escândalo para a verdadeira igreja de gente boa de Deus.

Numa igreja de Deus ninguém tem que ser humilhado..., adúlteros não tem que ser “apresentados” ao público..., ladrões são ajudados a não mais roubarem...,corruptos são tratados como Jesus tratou a Zaqueu..., e hipócritas são igualmente tratados como Jesus tratou aos hipócritas...; ou seja: com silencio que passa..., mas, ao mesmo tempo, não abre espaço...

Na igreja de gente boa de Deus fica quem quer e até quando deseje... E quem não estiver contente não precisa ser taxado de rebelde e nem de insubordinado... Ele é livre para discordar e sair... Sair em paz. Sem maldições e sem ameaças; aliás, pode sair sem assunto mesmo...

Na verdadeira igreja não há auditores, há amigos.

Nela também toda angustia humana é tratada em sigilo e paz.

Igreja é um problema?...Sinceramente não acho...Pelo menos quando a igreja é assim, de gente, para gente, liderada por gente, com o propósito de fazer de toda gente um humano maduro — então, creia: não há problemas nunca, pois, os problemas em tal caso nada mais são do que situações normais da vida, como gripe, febre ou qualquer outra coisa, que só não dá em poste de ferro...

Tudo o que aqui digo decorre de minha experiência...

Não é teoria... Pode ser assim em todo lugar...

Mas depende de quem seja o pastor...

E mais: se o povo já estiver viciado demais nem sempre tem jeito...

Entretanto, se alguém decide começar algo do zero, então, saiba: caso você seja gente boa de Deus, e que trate todos como gostaria de ser tratado..., não haverá nada que não seja normal, pois, até as maiores anormalidades são normais quando a mente do Evangelho em nós descomplicou a vida.

Pense nisso!...

Nele,

Caio

Por Caio Fábio

Acompanhe mais textos desse fera no site dele: http://www.caiofabio.com/2009/