sábado, 27 de março de 2010

Renato Russo - 50 Anos!


Hoje o poeta, o profeta Renato Russo completaria 50 anos. É uma pena que uma figura tão poderosa e rebelde com muita causa como o Renato tenha desaparecido tão cedo! Ainda era cedo, muito cedo. Que outros profetas e rebeldes apareçam e ecoem as novas ordens nessa sociedade tão fraca e pobre de heróis e de profetas!

Família Nardoni Von Richtofen!


domingo, 21 de março de 2010

50 Anos - Ayrton Senna!


Valeu Senna!

Como heróis fazem falta hoje! Que Deus nos abençoe com novos e puros heróis!

terça-feira, 16 de março de 2010

Adestrador de Borboletas!


Conheci uma lagarta que me disse que não estava muito feliz com sua vida. Estava cansada de ser expulsa de todos os lugares por onde passava, cansada de ser julgada pela sua aparência, cansada de ser ridicularizada por sonhar que um dia poderia se tornar alguém! A lagarta me disse que não tinha muitos amigos. Na verdade, amigo mesmo não tinha nenhum, porque todas as vezes que ela convidava alguém para sair sempre tinham alguma desculpa, algum imprevisto, algum compromisso de última hora.

Isso sem contar as vezes que ela cometia algum erro. Muitas vezes sofria calada, sozinha em algum galho de árvore seco. Ninguém entendia que até as lagartas podiam errar, cometer alguns pecados, destruir algumas folhas, ninguém entendia que ela na verdade estava se alimentando e não destruindo.

Certa feita a lagarta se encontrou com uma borboleta. Encantou-se à primeira vista. Que coisa linda! Asas enormes e coloridas, uns tons misturados jamais imaginados. E que movimentos mágicos, quase hipnotizantes, indo de flor em flor, voando e apaixonando quem quer que a veja! Daquele dia em diante a lagarta teimou que queria ser como aquela borboleta.

Mas ao olhar para si percebeu que não tinha aquele lindo par de asas coloridos, também percebeu que seu corpo era pesado demais; na verdade, ela nunca havia gostado mesmo daquele corpo! Mas teimosa como qualquer lagarta que se preze foi atrás de seu sonho. Começou sua busca nas redondezas do bosque onde morava, mas ninguém lhe dava ouvidos. Ao invés de atenção, a lagarta só ouvia gargalhada e palavras de escracho. Muitos animais chegaram a humilhar e a caçoar do sonho da lagarta!

Diante de tantas negativas ela partiu em busca de respostas. Podemos dizer que foi uma caminhada solitária, que às vezes era brindada com algumas companhias, só pra dar um pouco mais de graça. Do bosque onde morava, a lagarta teve que passar pelo Pântano do Desespero, pelo Deserto do Pânico e finalmente pelo Monte da Caveira. Cansada de tanto procurar, sem esperança e já tentando inventar desculpas para os seus gozadores decidiu descansar em um jardim ali próximo.

A tristeza era tanta que ela pensou em acabar com sua própria vida. Não havia mais sentido, não havia mais razão de viver. Era uma lagarta ridicularizada, humilhada e sem amigos que a entendesse. Por essa razão, ela teve uma idéia. Ele se entregaria de vez para morrer, desistiria de verdade e para isso, teceu ao redor dela uma tumba. Ali seria seu descanso eterno, longe de todos; ninguém iria ligar mesmo! Todos só se lembrariam dela como aquela lagarta comedora de folhas, desastrada e feia! Feita a tumba, esperou pela morte! No entanto, como a morte não chegava, veio um sono muito profundo que durou por algum tempo!

Numa certa manhã, a lagarta acorda. Sente-se diferente. Percebe que a tumba está apertada, portanto já não era seu lugar! Tanto aperto fez a tumba se romper e de dentro dela não sai uma lagarta, mas uma borboleta! As cores de suas asas eram lindas, do jeito que sempre sonhou. Ao olhar para o céu, não teve dúvidas, estava na hora de voltar para casa!

Só Mais Uma Chance!


Muitos perderam a esperança! Eu sei que essa frase é forte, mas é o que vejo no olhar de cada pessoa com quem converso; na voz de cada ser humano que assiste à televisão e que lê os jornais. A impressão que se tem é que a deteriorização do ser humano se acentua cada dia mais, parece que as pessoas estão morrendo sem saber por quê. Famílias sofrem com a falta de justiça enquanto outros celebram a impunidade.

Esse texto é mais um desabafo do que propriamente um ensaio ou artigo. Quando a gente olha ao redor, a gente fica com medo de confiar em alguém. Não por maldade, mas por causa dela que a gente chegou ao ponto que está. É tanto descontrole, tanta confusão que muitas vezes a gente briga simplesmente por brigar, mas na verdade foi sem querer. Dá a impressão que temos os mesmos comportamentos de quem está viciado em alguma droga, e nesse caso a droga é a indiferença!

A falta de fé leva à falta de esperança que nos leva ao fim dos sonhos e das expectativas de um presente um pouquinho mais sossegado e mais amigável. Muitas pessoas me dizem que talvez Deus tenha nos abandonado, tirado umas férias, ou talvez perdido as rédeas do controle mundial, ou pior, talvez Deus esteja cometendo Seus primeiros erros.

Eu acredito que Deus está nos presenteando com um momento histórico! Um momento onde podemos mostrar a nossa cara e viver a revolução do evangelho de forma radical onde não haja lugar para hipocrisias e nem para falsos moralismos, mas que tenha lugar para o perdão e para o olho no olho.

Martin Luther King Jr disse em um dos seus discursos uma frase que ficou ecoando nos corações de muita gente por muitos anos. A frase é: “Eu tenho um sonho hoje”! Muita gente mesmo sonhou com dias melhores, sonhou com aquele reencontro, com aquela conversa que tanto foi planejada, sonhou com o fim de tanta coisa ruim. Muitos não viram seus sonhos serem realizados, mas nunca deixaram de acreditar! E isso que os faziam viver cada minuto, cada segundo, cada fôlego, cada abraço, cada toque.

Para muitos não é a realização do sonho que conta, mas simplesmente saber que tudo aquilo é verdade! Não foram os discursos bonitos, nem as pregações criativas; que são importantes; mas a verdade nos olhos, o suor do rosto, a lágrima solitária é que dão o tom de vida naquilo que aparentava ser apenas mais um discurso, mais uma pregação, mais um monólogo monótono.

A cura para o que vivemos hoje não está somente no entendimento da situação. Todo mundo sabe como o mundo está, como nós estamos, como temos agido, como temos pensado; a gente sabe! A cura está no processo de trazer o conhecimento de tudo o que temos ouvido e aprendido para dentro do coração, gerando curas, reconciliações, paz para nós mesmos e, como conseqüência, para outros. É onde Deus escolheu para habitar, é onde Deus escolheu para ser Seu templo; o nosso coração. Portanto, permita que essa esperança, esse sonho, essa loucura que faz brotar vida em terreno seco tenha mais uma chance de florescer!

domingo, 7 de março de 2010

PARADO IPKISS!


Duas Milhas!


Uma das coisas mais complicadas de ser discípulo de Jesus é perdoar. Confesso minha dificuldade nessa área tão sensível e primordial para aquele que decidiu pelo caminho estreito. Imaginem perdoar o cara que maltratou sua irmã, ou aquela senhora que espanca seu filho com meses de vida, ou aquele estuprador inescrupuloso que invade sua intimidade e fere seu ente mais querido. Mexer com quem a gente ama não é bom negócio, não é verdade?

Eu me deparo com o Sermão do Monte e me sinto em um conflito interior violento. Sinto meus sentimentos borbulhar diante do tamanho do desafio que é ser discípulo de Cristo. Por uma intervenção única divina, acabei por ser atraído por esse caminho desafiador, revolucionário e libertador. Mas o perdão me incomoda. Por que perdoar? Por que sentir amor e não ficarmos somente satisfeitos com a justiça inflexível onde nada acaba ficando “de graça”? Por que orar por aqueles que querem ver minha queda e vão festejar caso ela ocorra? Isso sempre me incomodou!
As peças literárias mais conhecidas, as lendas mais veneradas trazem heróis que se vingam, acabam cometendo justiça e não perdão. Mostrar perdão no mundo de hoje é sinal de fraqueza e falta de esperteza. Por isso que me incomoda!

Sejamos sinceros! Não queremos ficar sozinhos nessa barca aparentemente furada, não queremos ser taxados de perdedores e nem de fracassados, não queremos dar a impressão que somos manipuláveis, mas acabamos percebendo que já estamos sendo manipulados pelas idéias e filosofias desse mundo onde cada dia o amor se esfria mais.

No Sermão do Monte, o Mestre pede que andemos duas milhas com nosso inimigo quando ele pedir para que andemos apenas uma. Seria mais fácil se Cristo dissesse que quando o inimigo pedisse que andássemos com ele uma milha, teríamos a liberdade de darmos uns bons socos na cara desse inimigo. Mas não foi assim. Não foi assim por uma razão.

Cristo quer que revolucionemos nosso mundo com atitudes simples, humanas, permeadas com um senso de justiça onde o réu confesso sai perdoado do tribunal. A lei do Reino não é apedrejamento; é cura, acolhimento e tratamento. Muitas vezes o tratamento dói, machuca, acaba em muitas ocasiões nos expondo; outras vezes, ele acaba sendo muito íntimo, muito próximo, mas mesmo assim sentimos dor. Dor porque muitas vezes também foi sem querer, acabou acontecendo, fugiu do nosso pseudo-controle. Aí nos perdemos e pensamos que é o fim. De repente nos pegamos com depressões profundas e desgastantes. Achamos mesmo que estamos no fim.

O perdão me incomoda porque me faz andar pra frente. O futuro sempre traz medo, insegurança, desconfiança. Mas o nosso futuro nas mãos de Cristo nos traz força, esperança e fé. O perdão nos incomoda porque nos expõe, faz a gente perceber que podemos cometer os mesmos erros que todo mundo e precisar pedir para que o outro ande conosco mais duas milhas. Mas o perdão também é liberdade, faz a gente andar quantas milhas quiser com quem quer que seja, porque a gente sabe que vai precisar de gente lá na frente que ande pelo menos duas milhas com a gente.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Escolha Pela Vida!


Há pessoas que nos fazem querer ficar um tempo mais nesse mundo. Recentemente ouvi de uma pessoa que não desejaria que eu sonhasse tanto assim com o céu, pois eu tinha algumas coisas a fazer ainda por aqui. Aquilo me tocou e me fez refletir muito que determinados sonhos que habitam nossas mentes trazem certo sofrimento a pessoas que nos amam e nos querem bem, inclusive a nós mesmos também.

Cheguei a pensar que esse mundo não tinha tantos atrativos assim para uma vida longa, mas o que quero confessar aqui é que, graças a Deus e algumas pessoas, começo a pensar diferente.

Todos nós em algum momento da vida desejou profundamente a morte. Seja em um momento de desespero ou numa depressão profunda ou até mesmo quando não tínhamos mais fé e víamos nossas forças se esvaindo por entre os dedos. Parece que enfim teríamos a paz que invadiria nosso ser e a vitória que tanto ouvimos nas pregações e nas mensagens escritas ou faladas. Chegamos a pensar que a paz tão sonhada e tão buscada só seria achada mesmo na eternidade. Em parte essa afirmação tem sua razão, mas podemos sim experimentar aqui pelo menos um pouco do que nos espera.

De fato há tristezas e tragédias que acontecem na nossa vida e que não só tentam, mas conseguem roubar nosso sossego, nossa paz, nossa alegria de viver. Pensamos em dizer adeus a tudo e a todos, cogitamos o absurdo de entregar os pontos e desistir. No meio dos nossos absurdos, Deus nos mostra que Ele também usa de absurdos para nos fazer desistir dos nossos.
Absurdos como olhar nos olhos de quem nos ama de fato e vermos ali uma sinceridade maior e quase que um grito no olhar que pede para que não desistamos, pois há um presente ali mais na frente. É trazer a memória o que me pode dar e o que me pode alimentar a esperança; é saber que posso sentir os pés no chão ainda que pareça que o chão tenha desaparecido. É saber que mesmo que nossa fé esteja morta, gelada, estagnada, confinada a um túmulo no coração, haverá um momento em que ouviremos uma voz doce e poderosa que chamará pelo nosso nome e não conseguiremos resistir e sairemos do escuro com o único propósito de sentirmos um abraço de ressurreição.

Ainda que nesse mundo as injustiças não parem de acontecer, ainda que nesse mesmo mundo as tragédias insistam em ferir nossa fé, ainda que perdas irreparáveis teimem em arrancar de nós toda forma de esperança, ainda que haja ferimentos provocados em nome de Deus, mesmo que Deus nunca esteja e nunca estivesse nisso, ainda que as lágrimas embacem meus olhos e me impeçam de olhar nitidamente o que nos espera bem à frente, ainda também que nosso eu viva nos importunando com desejos e conflitos, nós também devemos insistir, teimar, querer escolher pela vida, porque apesar de tudo vale muito a pena viver, ainda mais quando essa vida começa na cruz e reinicia na ressurreição.

terça-feira, 2 de março de 2010

Eu Acredito em Fadas!


Os contos de fadas sempre estiveram na nossa cultura e no nosso cotidiano, embelezando e trazendo uma atmosfera de magia e realidade como poucos conseguem. Nos dias atuais, onde impera a violência, a impunidade, a falta de fé, os contos de fadas nos ajudam a ver que nossa vida seria bem melhor se fôssemos “como criança”.

Em todos os contos que eu já li e também nos livros que tratam desse assunto, por exemplo, o livro que acabei de ler e recomendo de olhos fechados Era Uma Vez: Os Valores Cristãos nos Contos de Fada; percebo claramente valores morais sendo ensinados às crianças através da personificação de personagens como fadas, duendes, anões, seres alados, piratas, magos e até mesmo animais que falam.

Contos antes muito criticados e ditos como fruto do inferno são na verdade percepções de mentes criativas e geniais que nos ensinam e fortalecem nossa fé no impossível e nos finais felizes. Atitudes como pensamentos bons que nos fazem voar, demonstrações de amor que despertam do sono mortal as princesas, dar mais importância aos valores pessoais do que às aparências de feras, descobrir que vale a pena sonhar, imaginar, ter fé!

Estou meio cansado dos discursos nos púlpitos. Chamo de discursos porque não chamo de sermão o que ouço hoje em muitas igrejas. São discursos monótonos, sem vida, sem paixão, sem criatividade, sem imaginação e cheios de pompa que nada acrescentam à nossa esperança e fé. Ultimamente tenho me edificado lendo contos de fadas e me fortalecendo na esperança da cidade celestial através dessas histórias. Faço viagens onde crio pontes ligando a Bíblia e a Terra do Nunca, aproximando o Evangelho e o reino de Nárnia, entendo a Bela e a Fera a partir da história de Davi e Saul, isso só pra começar a voar!

Quero deixar aqui um incentivo a imaginar. Deixe-a florescer, permita que Deus use esse dom maravilhoso de criar que Ele mesmo colocou em nós quando nos criou para trazer vida, esperança e fé através da Palavra d’Ele. Jesus usava de parábolas, de contos do cotidiano para levar significado ao Evangelho que Ele estava anunciando. Tem até uma história da Bíblia onde Deus fez uma mula falar.

Na historia de Peter Pan, uma das minhas favoritas, se diz que todas as vezes em que alguém diz: “Eu não acredito em fadas” em algum lugar uma fada cai morta, ou seja, quando se perde a esperança a fé de alguém morre; quando se perde o amor, alguém morre; quando se perde o respeito, alguém morre; quando a gente se perde, a gente morre. Para a fada ressuscitar é preciso dizer que se acredita em fadas e bater palmas, bater bem forte. Para que a fé não morra, para que a esperança não morra, para que o amor jamais acabe, eu bato palmas e grito repetidas vezes: Eu acredito em fadas!