sexta-feira, 10 de julho de 2009

Nisso Eu Creio!


Baseando-se nas atuais pregações e palestras que são ministradas na televisão, proponho uma reafirmação do Credo Apostólico, com algumas considerações a mais. Um credo que afirma e deixa claro determinadas diretrizes como quando feito pela primeira vez por ocasião de Marcion. Acredito que tendo esse credo em mãos, podemos nos afirmar mais uma vez como amantes da Palavra, sendo fiéis aos seus princípios e verdades que não fazem hoje a cabeça de muita gente. Então lá vai:

Creio em Deus Pai, criador de todas as coisas no céu, debaixo do céu; no mar e naquilo que o compõe; na terra e debaixo e acima dela; no ar e em tudo aquilo que o ocupa. Creio que esse Deus é amor e não permite ser trocado por ninguém e nem por nada, seja dinheiro, poder, fama, riquezas, auto-aceitação, ou até mesmo cargos eclesiásticos. Creio no Deus único e verdadeiro que a Bíblia nos apresenta como sendo a forma mais pura e santa do significado da palavra perdão. Creio em Deus Pai, aquele que me recebe mesmo quando caio, que me ama independentemente do fato de eu ser pobre, rico, negro, branco, douto ou analfabeto, independentemente dos gostos, das vontades e das opiniões. Creio em Deus, aquele que não compartilha Sua glória com ninguém e com nenhum ser humano, seja ele político, pastor ou auto-intitulado “apóstolo”. A glória pertence a Ele e a cátedra de dono e Senhor do Universo já está sendo ocupada por Ele desde a eternidade, e assim será por toda a mesma. Creio em Deus, o Justo Juiz que não permite que sejamos mais do que Ele em nossos pseudo julgamentos. Creio nesse genuíno Deus que não aceita reuniões de culto sem antes resolvermos nossa vida com nosso irmão. Creio nesse Deus que ama as pessoas muito mais que as regras e os costumes impostos para poder agradá-Lo. Creio em Deus Pai, criador do céu e da Terra.

Creio em Jesus Cristo, o Nazareno. Aquele que veio em carne; nasceu de uma virgem chamada Maria em um local não muito apropriado para um rei, mas confortável o suficiente para um Servo dos homens. Servo este que mostrou ao mundo o que é amar, a personificação do perdão, a encarnação do amor, é Deus feito gente e habitando entre nós. Sentindo as mesmas dores e privações. Sofrendo as mesmas limitações e necessidades humanas como fome e sede. Chorando as mesmas lágrimas que nós todos. Ele sim é homem de dores e sabe muito bem o que é padecer. Creio em Jesus, o Messias o prometido, o ungido da parte de Deus que não veio sarar quem é são, mas curar quem de fato reconhece que está doente e que precisa de ajuda e que não foge do fato de que é um necessitado, pobre, cego e nu. Creio nesse Nazareno que optou morrer por uma humanidade que ninguém daria nenhuma dracma para resgatar. Creio nesse Deus-homem/homem-Deus que se negou a si mesmo e esvaziou-se da glória eterna para andar, correr, rir e chorar com aqueles que necessitavam de uma visão mais pessoal de um Deus tão afastado pelos usos e costumes impostos pela sociedade. Creio nesse Jesus amigo e que consola e que traz esperança quando nosso ente mais querido está sepultado há mais de três dias ou quando recebemos a notícia que nossa filha morreu sem que antes o Mestre chegasse a casa. Creio em Jesus que cura, mas não em um curandeiro barato em que achamos em qualquer esquina; creio em Jesus salvador, mas não em um mercenário que salva se dermos o dízimo, que liberta se der nosso carro ou casa ou qualquer bem material para comprarmos Seu favor e Seu amor. Creio em um Jesus que decidiu passar pela cruz para mostrar a humanidade que vale a pena pagar um preço alto pela liberdade de quem nós amamos. Creio em Jesus Cristo, aquele que padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, que foi crucificado, morto por minha causa, pela minha salvação e para que eu tivesse vida, sepultado, mas que ao terceiro dia a morte não conseguiu segurar, não conseguiu vencer, não conseguiu prender. Creio em Jesus Cristo, o Rei que um dia virá novamente para nos reunirmos com Ele e para nunca mais chorar.

Creio no Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade. Creio no Espírito Santo Consolador, que me ampara quando sofro e quando perco, mesmo quando penso que não merecia passar pelo que estou passando, mesmo quando fecham as portas que nunca achei que iriam fechar, mesmo quando pessoas viram as costas para mim, mesmo sendo gente que nunca achei que faria isso, mesmo quando penso em acabar com minha vida e com meus sonhos, mesmo quando penso em sepultar toda minha vida, mesmo quando decido jogar tudo para o alto e deixar que o fim se aproxime o mais rápido possível. Creio no Espírito Santo que realiza maravilhas e prodígios, mas que realiza o maior dos milagres que é salvar e converter aquele que estava perdido.

Creio na Santa Igreja Universal. Creio no corpo de Cristo, unido por Ele e n’Ele. Creio que, se estamos junto com Ele, não temos necessidade de digladiarmos e de nos matarmos mutuamente achando que somos inimigos uns dos outros e não irmãos.

Creio na comunhão dos santos. Creio na cura que há no perdão e no partir do pão. Creio na aceitação uns dos outros não baseando-nos nos nossos gostos e nos nossos conceitos corrompidos de pecado, mas no fato que o nosso Pai aceita a todos e todos são recebidos por Ele da mesma forma e são todos coroados por Ele como príncipes e princesas. Creio que não necessitamos brigar e ficar com conversas malignas que corrompem os bons costumes, pois há lugar para todos.

Creio na remissão de pecados. Creio que não preciso pagar nada pelo perdão que já está pago. Não preciso me comprometer com nenhuma artimanha que tente me enganar que diz que devo fazer algo para ser aceito por Deus. Deus me aceita, e isso é um fato, do jeito que estou; mas me ama tanto que me apresenta o melhor para decidir por esse melhor.

Creio na ressurreição do corpo. Creio que um dia esse corpo não mais estará comigo, mas um melhor, um corpo aperfeiçoado e digno do Senhor. Creio na redenção final e meu corpo pede para que isso aconteça, a criação clama que esse dia chegue o mais rápido possível.

Creio na vida eterna. Creio que um dia meus olhos não mais ficaram embaçados pelas lágrimas, mas poderá ver claramente a glória da recompensa que está reservada para aqueles bem aventurados que o mundo tanto despreza. Creio que não haverá mais a necessidade de choro e nem de desespero, pois haverá um momento histórico onde meu Senhor passará sua mão em meu rosto e enxugará dos meus olhos toda lágrima. Amém.

Qualquer que for o evangelho apresentado que não coincida com o evangelho da graça de Deus, que este evangelho seja anátema e que não tenha lugar no coração dos verdadeiros príncipes e princesas do Senhor.

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