sábado, 17 de outubro de 2009

Baile das Máscaras!


Todos nós temos as nossas máscaras. Umas mais belas outras mais feias, mas todos nós vestimos uma carapuça. Às vezes, temos a necessidade de estar vestindo máscaras para agradar a um grupo específico; outras, vestimos por mero prazer e há outras em que vestimos por segurança, para mantermos um status quo mentiroso, mas confortável.

A realidade é que nem todos se sentem confiantes de serem o que são, de dizerem o que pensam e de fazerem o que gostam. Sentem uma enorme necessidade de agradar as pessoas e esquecem de agradar a si mesmos. Acham que suas vontades são pequenas ou mesquinhas demais para que outros saibam, mas na verdade o que está em jogo aqui não são as vontades, desejos ou qualquer outra coisa, mas sim o que está em jogo é que ali existe um ser humano com todos os defeitos e qualidades que uma pessoa pode ter.

As máscaras servem para esconder um rosto que possivelmente sofre uma perda de identidade violenta, mas que não se importa com isso. Os outros, mais uma vez, são mais importantes. Uma das mais belas passagens bíblicas que eu já li fala sobre um Criador que decide, mesmo que ele não precise disso, criar um ser que é Seu semelhante em essência e em alguns sentimentos, um ser que se relacionará com o Seu Criador e que O amará pela vida presenteada. Esse Criador dá a esse ser características únicas, Ele planeja cada detalhe de sua personalidade, Ele sonha com cada parte de sua existência e quando essa criatura está viva, ela decide se afastar do plano de seu Criador e parte para um mundo falso, cheio de feiras de ilusões com miragens de águas tranqüilas e cristalinas. Mas para entrar nesse mundo não se entra sozinho, entra acompanhado de uma máscara que posteriormente será conhecido por essa criatura como seu irmão gêmeo; uma maneira de esconder suas sujeiras.

Antes uma criatura com características únicas, agora é mais uma máscara no baile das vaidades. O Criador não se contenta com tanto engano em que sua obra prima se enfiou e através de um ato de amor, esse mesmo Criador se infiltra no meio do baile, só que sem máscaras. Ele é reconhecido por algumas de Suas criações que chegam até Ele e pedem para que Ele retire aquelas máscaras, que Ele perdoe as escolhas erradas, que Ele nos aceite da maneira como estamos.

O Criador, que agora se chama Pai, abraça Seus filhos um por um e tira deles suas máscaras e limpa as maquiagens e os coloca no salão ao lado chamado Casa dos Espelhos onde eles se vêem belos e limpos. É onde eles conseguem enxergar a si mesmos, os outros filhos e ao Pai. Preocupados com os outros mascarados, que são seus irmãos, invadem o baile junto com o Pai os avisando que tudo aquilo era falso, que havia algo melhor, que podiam tirar as máscaras e as maquiagens que seriam tratados como iguais e que seriam abraçados e reconhecidos. Alguns, com muito medo, não tiram as máscaras. Outros aceitam o convite, mas também sentem medo por talvez o Pai ser alguém muito bravo, pois falaram que Ele castiga.

Por fim, esse baile ainda continua rolando e os mascarados ainda estão por aí. Mas o Pai também ainda insiste em nos convidar a tirar nossas máscaras, a viver livres das vaidades e das ilusões que nos cercam e nos levar à sala do trono para termos a festa da liberdade.

Um comentário:

Anônimo disse...

ADOREI OS TEXTOS VC E UM BOM ESCRITO