quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Entre Príncipes e Mendigos!


Quando criança foi-me apresentado um livro que me marcou bastante. Na verdade era um livro com figuras dos personagens da Disney que contava uma história de um príncipe cansado de viver só naquele mundinho do palácio real e prontamente se disfarça de mendigo e foge daquele convívio que havia se tornado para ele insuportável!

Chegando à vila, ele encontra alguém muito parecido com ele, quase que um irmão gêmeo e lhe propõe uma troca. Viveriam por um dia a realidade do outro. Só que esse dia durou um razoável tempo e quando caíram em si, tiveram que desmentir toda a farsa e arcar com as conseqüências que, na grande maioria das histórias para as crianças, acabam com um final feliz e tudo muito bem resolvido.

Mas na vida real não é bem assim não! Todos nós temos nossos dias de príncipes e mendigos; todos nós alimentamos em determinados momentos e ocasiões o príncipe e em outros encontros, o mendigo.

O problema não está em conviver com esses dois “gêmeos” de realidades tão distantes umas das outras, mas está em enganar a nós mesmos usando-os para conseguir prestígio, pena, reconhecimento e até mesmo momentos de profunda solidão. O príncipe deseja pompas, palmas, reconhecimento, carinho, mesmo que seja até mesmo falso da parte de algumas pessoas, mesmo que seja interesseiro por parte de outras, mas o príncipe deseja porque ele, afinal de contas, é o príncipe. Por outro lado, o mendigo é aquele onde queremos um pouco mais de liberdade, é onde colocamos as nossas vontades mais loucas e desejos mais descontrolados, afinal de contas é um mendigo, ninguém dará a mínima.

Ao mesmo tempo em que convivemos com essas realidades, afirmamos para todos os lados do globo que estamos sofrendo e que não conseguimos encontrar razão nenhuma para continuar vivendo dessa forma. Está na hora de príncipes e mendigos se tornarem simplesmente uma única pessoa, a saber, a real pessoa por trás dessas pseudo-identidades.

O processo chamado por nós de santificação, de renovação do ser nada mais é que esse processo de juntar o que antes se havia se separado por quaisquer razões, seja na vida familiar, financeira, emocional ou até mesmo religiosa, onde encaramos o pecado do príncipe de uma forma totalmente diferente do pecado do mendigo, só que esquecemos que eles coexistem na mesma pessoa; nós.

Portanto, quem peca não é ninguém mais que nós, e quem necessitamos do perdão somos nós, de modo que quem também precisa de cura somos nós e todos aqueles que reconhecem que vivem uma vida de mentiras e falsidades, tentando enganar a si mesmos.

Só há um lugar onde todos se convergem e se curam, esse lugar chama-se Calvário. É onde todos nós temos a oportunidade e o presente de experimentar um processo maravilhoso de cura e de perdão que procede do sangue puro e ressuscitador de Cristo. Basta irmos aos pés da cruz e nos olharmos ali tendo a plena certeza que depois da cruz há ressurreição.

Um comentário:

Amanda disse...

Muito boa essa mensagem!! Parabéns! Gostei muito.