quarta-feira, 26 de maio de 2010

A Ida Dos Que Voltam


Não precisa dizer adeus
Mas como deixou saudade
Como deixou um espaço vazio
Ninguém entra na nossa vida
E simplesmente sai impune
Sem deixar uma ferida

Ferida que dói, como machuca
Não, não mata, mas quase paralisa
Uma lembrança que martiriza
Qualquer mortal que simboliza
Uma dívida que não caduca

Visito seu leito e nada acontece
Um grito, um sussurro, um sorriso
Pelo amor de Deus, apenas apareça
Chegue de surpresa e nos assuste
Seja a visita que é tão sonhada
O incômodo que é esperado
Quero soltar um berro de alegria
Que estremeça até os mais altos palácios

A esperança é que um dia desses a gente vai se ver
Vai levantar de manhã e correr
Até nunca mais a gente se separar
Até nunca mais sofrer dor nenhuma
Até nunca mais aqui voltar

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