terça-feira, 9 de junho de 2009

Surpreendidos Pela Paz!


O mundo de certa forma ficou chocado com o que aconteceu na noite de domingo retrasado quando um Airbus da Air France vôo 447 simplesmente desapareceu no meio do Oceano Atlântico. Ficamos perplexos diante de uma tragédia sem explicação; ficamos a nos perguntar os por quês e tentar buscar razões que, achamos assim, vão trazer um pouco, uma medida de consolo que nunca vem nem mesmo com as notícias de resgates de corpos e de destroços do Airbus.

Ali nesse avião, havia sonhos dos mais diversos. Pessoas que estavam naquele avião estavam ansiosos por chegarem logo a Paris, o destino final. Pessoas que conheceriam Paris pela primeira vez, outras veriam pela segunda ou terceira ou até mesmo seria mais um vôo de costume, de trabalho. Mas o certo é que ali estavam pessoas como eu e você; cheias de vida e de expectativas que uma tempestade os jogou para o fundo do Oceano; literalmente os sonhos de todos ali foram por água baixo.

Famílias que agora só pedem para que possam em algum momento sepultar seus entes queridos de maneira digna e respeitosa. Famílias que pedem respeito nessa hora tão obscura de suas vidas. No 447 estavam famílias inteiras, incluindo um bebezinho. Esposas que nunca mais verão seus maridos; maridos que nunca mais beijarão suas esposas; filhos que não mais discutiram com seus pais; pais que nunca mais poderão apertar seus filhos junto ao seu peito.

Alguns conseguem reagir bem durante um tempo a essa tragédia. Vi a entrevista de um senhor que perdeu seus pais no acidente e tentando levar a vida por conta dos inúmeros compromissos assumidos. Uma frase que doeu a alma nessa entrevista foi quando em determinado momento ele disse: “Preciso levar a vida, preciso continuar vivendo!” Como se fosse um apelo pessoal diante desse caos, desse vulcão emocional que ele ainda está passando.

Quando vejo tudo isso e olho para minha vida chego a conclusões obvias, mas extremamente importantes para mim.

Devo olhar nos olhos dos meus queridos e dizer o quanto os amo, mesmo que muitas vezes eles possam errar comigo. Saber que o erro é algo natural do ser humano e que se ele mantém no erro nada mais é que um pedido de socorro, um grito de alerta quase que sufocante para que a ajuda chegue o mais rápido possível.

Chega de máscaras! Chega de máscaras! Chega de máscaras! Depois de morto não se pode fazer mais nada em favor do outro. Depois que foi embora, não dá tempo de dizer mais nada. Quanta falta algumas pessoas fazem na nossa vida simplesmente porque não deu tempo de fazer o que gostaríamos de fazer, mas por conta do que os outros poderiam pensar, o que os outros poderiam falar, o que os outros poderiam comentar, deixamos de fazer, de falar e de ser. Aí os outros nos enterram.

Gente, esse apelo é para aquele que se cansou de uma mediocridade de vida e que quer algo a mais para levar consigo no coração e na alma. Essa mensagem é para aquelas pessoas que querem viver uma vida além do que os olhos podem ver. Esse artigo é para alertar a todos nós que há tempestades mais graves do que essa que você vive no seu copo com água, mas que não deixa de ser uma tempestade, e mesmo assim, Cristo jamais deixará de estar ao lado daqueles que O amam e confiam em Sua providencial presença e atuação.

Quanto às famílias enlutadas, meu mais sincero apoio e minha sincera oração de que o Senhor que cura todas as dores alivie tão pesado fardo que agora essas pessoas estão sendo obrigadas a levar. Da mesma forma como foram surpreendidos pela tragédia, oro para que todos sejam surpreendidos pela paz.

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