terça-feira, 9 de junho de 2009

A Cruz Dividiu Minha História!




Não consigo tirar da minha cabeça as cenas do filme de Mel Gibson sobre os sofrimentos de Cristo intitulado “A Paixão de Cristo”. Cenas que revelam, sim, um sofrimento além da conta humana, além do que um ser humano normal suportaria, mas a tônica é justamente essa; Jesus não era um ser humano qualquer. Ele não era qualquer um, não era normal.

Para suportar tamanha dor e separação do Pai, Cristo necessitava ser ao mesmo tempo, Deus e homem em um só corpo, coexistindo e limitando-se em momentos que jamais conseguiremos entender se não for através da fé. Uma fé não cega, mas convicta diante do mistério e prostrada diante do oculto soberano.

Hoje vejo que os muitos púlpitos das igrejas estão lotados de lorotas e de frases de efeito pré-produzidas para impressionar o auditório, mas que não passa de palha seca que logo o vento vem e leva do coração aquilo que poderia ser um bom alimento para as ovelhas do Senhor; alimento esse que poderia ser ruminado durante a semana, durante meses, e até mesmo durante anos.

Estou aqui não dizer o que não tem acontecido na igreja. Estou aqui disposto a pagar o preço que for para anunciar o que precisa ser anunciado: a mensagem da cruz. Uma música do tão criticado grupo de louvor “Diante do Trono” traz como título um lembrete aos nossos ouvidos tão anestesiados de ouvir tanta porcaria: ainda existe uma cruz. A banda Oficina G3 traz em uma das suas letras o título desse artigo. Tantas outras canções que trazem a mensagem da cruz como cerne de sua harmonia.

Gostaria de falar a todos que agora lêem esse artigo que ainda, de fato, existe uma cruz. Existe um momento na nossa vida em que as coisas precisam ser mudadas, transformadas ou então, jogam-se tudo no lixo da vida e desiste-se do que um dia chamava-se de cristianismo real e verdadeiro. Está na hora de mostrar porque viemos ao mundo e que Cristo de verdade existiu. Nossa vida precisa mostrar que isso aconteceu! Mas precisamos passar pela cruz antes de qualquer coisa.

Passar pela cruz significa crucificar, matar, deixar ali no monte da caveira as nossas frustrações, nossos sofrimentos, nossos sonhos e desejos e começar uma caminhada onde quem manda não é o que queremos ou o que achamos ser certo, mas o que o Senhor deseja e ordena. Passar pela cruz significa muito mais do que andar dizendo que é membro de uma comunidade evangélica, muito mais do que ter anos ou meses de convertido, muito mais do que ser filho daquele líder, pastor ou presbítero, é muito mais do que ser o pastor, líder ou presbítero. Passar pela cruz é negar tudo isso para que a glória seja do Grande Oleiro e não dos vasos de barro. Passar pela cruz é viver uma vida tendo como consciência básica que Cristo vive em nós e não mais nossas vontades e “achismos”.

Deus leva em conta nossos planos e anseios, mas Ele quer que o amemos mais que essas coisas que podem ou não acontecer. Deus quer que o amemos recebendo ou não aquilo que pedimos tantas vezes nas nossas orações. Ele quer que o sirvamos pela que Ele é e não pelo que pode fazer por nós. Ele nos amou sabendo que não podemos recompensar tão grande ato de amor. Liberar seu único Filho para morrer por nós e deixá-lo nas mãos de pessoas como nós; incrédulas e inimigas do amor de Deus.

Minha mensagem hoje para todos que podem ler é que aceitemos de vez que Ele nos ama e não há nada no céu e acima do céu, e nem na terra ou embaixo da terra que poderá nos separar do amor desse Deus maravilhoso, real e ansioso para se relacionar conosco como Pai. Que jamais se esqueçamos que ainda existe uma cruz e precisamos passar por ela se queremos um dia chegar ao céu!

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