quinta-feira, 18 de junho de 2009

Esse Não é o Ponto!!!


Quando se trata de juventude eu acabo escutando muita coisa: “Que o jovem tem que ser isso”, “tem que ser aquilo outro”, “tem que evangelizar”, “tem que fazer isso e fazer aquilo outro” e escuto muito a famosa frase “no meu tempo era diferente e bla blá blá”. Não consigo mais ficar dando atenção a essas coisas mais, não dou conta!

A gente vê muita propaganda e pouca ação. O que eu vou escrever hoje aqui espero que possa gerar reflexão e que no mínino você encare o seu problema de frente e não fuja dele, pelo menos dessa vez!

Vou dizer mesmo o que o jovem e o adulto precisam escutar. A gente perde tanto tempo discutindo a cor da porta da frente da igreja e esquece que essa mesma igreja é feita de gente, de pessoas, de seres humanos falhos, que erram, mas que também acertam e que também são benção e que também têm posturas louváveis. Digo isso porque ultimamente tenho só ouvido críticas e mais críticas com respeito às pessoas. Será que é tão ruim assim servir a Deus em uma determinada comunidade? Será que é tão ruim assim fazer parte da membresia de uma igreja? Está certo que isso não garante a entrada no céu de ninguém, mas já é um começo determinante.
Já se falou sobre namoro na igreja tantas vezes que quando a gente olha o atual quadro da situação da juventude, dá a impressão que não valeu a pena. Mas não é isso, não é esse o ponto. Já se falou tanto sobre namoro, mas não se falou de maneira aberta, franca; de maneira que o jovem tenha liberdade de colocar seus medos e suas inseguranças, seus sofrimentos e seus sentimentos para fora e tirar a máscara da impressão de que tudo está bem. O que se vê é a mesma palestra que se ouviu há vinte anos com as mesmas ilustrações. A Bíblia tem espaço e conteúdo para aprofundarmos cada vez os conceitos da vida cristã e suas implicações.

Fala-se sobre os relacionamentos na igreja e sobre como receber gente nova e faz campanhas e mais campanhas e inclusive já fui adepto de programações para que isso fique incutido na mente das pessoas, mas passa ano e entra ano tudo fica na mesma. É claro que tem gente que fica, mas é muito mais porque Cristo fala mais alto no ouvido e no coração do que qualquer outro motivo. O ponto central não são as campanhas, que fazem parte da construção da consciência, mas o que mais importa na vida de alguém é o seu desejo de ser mais que um mero membro e mais um número a ser contado.

É um desejo tão grande que explode dentro do peito e não se consegue segurar nem com regras básicas de comportamento, porque nesse contexto não vale mais as regras, mas o amor. Aliás, a regra maior e que manda é a lei do amor e do compartilhar.

Não se pode ensinar as pessoas a fazerem determinadas coisas ou a serem alguém sem que antes um desejo santo não brote no coração e faça com que as coisas comecem de fato a acontecer na vida delas. Antes de qualquer coisa, algo precisa acontecer dentro de nós. Esse algo não se pode descrever com simples palavras ou em um texto de várias laudas, mas se vê claramente nas posturas e na vida de quem ama o Evangelho e ama o Senhor Jesus.

Não se discute mais o que fazer, mas sim como fazê-las e realizá-las para a glória do Pai. Não se discute mais a roupa das pessoas e não se discute mais a personalidade dessas pessoas, mas sim há um respeito de cada um com cada um, pois todos nós somos imagem e semelhança do Pai. Não se discute mais se vai ter um não um culto ou uma programação ou qualquer outra coisa, mas todos querem estar juntos não importa o que acontecerá. Não se discute mais sobre a politicagem e sobre as falcatruas que se vê hoje nas igrejas, principalmente no alto clero, mas você vê de verdade homens comprometidos e com um temor enorme de Deus, comprometidos com Deus e não com a politicagem, comprometidos com Deus e com Sua Palavra e não com pessoas.

O foco é outro quando a graça é nossa motivação. O ponto é outro quando o amor se torna nossa força motriz. A razão de ser e de viver se torna outra quando Cristo entra na nossa vida de verdade e sem máscaras. Hoje se pode dizer que vivemos sim uma crise, mas também não vivemos tempos melhores do que esse para mostrarmos o porquê de termos vindo ao mundo e o porquê de acreditarmos em quem acreditamos. Portanto, sejamos mais cristãos e menos religiosos, mais compreensíveis com todos, sem distinção de raça, cor, gostos, personalidades ou trejeitos, e menos juízes e árbitros da vida alheia, pensado que assim conseguiremos ser alguma coisa ou conquistar alguma coisa. Conquistaremos sim, uma baita de uma antipatia desnecessária. Vivamos nossa vida para agradar somente aquele que merece nosso agrado; e ponto.

Nenhum comentário: