sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Chaves do Evangelho

Quem nunca assistiu ao programa de humor infantil chamado “Chaves”? Creio que todo mundo já viu pelo menos um episódio, mas o que poucos sabem é que o nome “Chaves” é uma versão traduzida do original mexicano “El Chavo” que significa “o menino de rua”. “Chaves” nada mais era que o menino pobre, sem nome, que morava na casa de número oito. Roberto Gomez Bolaños, o criador do personagem e de tantos outros, pensou na história de um cortiço onde mora um desempregado com sua filha, uma viúva que se acha a dona do pedaço e seu filho mimado, uma aposentada e um menino de rua; e ainda tinha o senhorio, o dono do cortiço que vinha todo mês cobrar o aluguel! Critica social e humor estão presentes como ingredientes principais dessa obra televisiva.

Mas minha idéia aqui é usar uma frase totalmente despretensiosa de um dos episódios onde o Chaves diz: “Prefiro morrer do que perder a vida”! Tirando os erros gramaticais da frase, eu percebi algo aqui que o próprio Bolaños não intencionou dizer.

Numa das passagens mais desafiadoras da Bíblia, Cristo diz aos seus discípulos que quem vive por viver, vive em favor de si mesmo e de forma egoísta não vive e não tem vida; mas aquele que perde sua vida, ou seja, vive sob custódia do amor de Cristo, sob custódia do próprio cristo, isto é, Cristo ser o dono do meu nariz, não morre, mas vive.

Quando Chaves disse a frase foi para fazer uma piada redundante, mas para Cristo não redundância alguma. Morrer é diferente que perder a vida, na verdade, perde-se a vida em vida e não na morte, e a vida começa a ser plena na morte.

Em outra ocasião, Cristo afirma que aquele que acreditar Nele, ainda que morra, viverá. Não é um paradoxo? Não cria uma confusão? Claro que cria na cabeça de alguém que pensando que a vida se resume nas experiências daqui dessa terra. Paulo, o apóstolo, diz que viver é Cristo e morrer é lucro. Como assim? Paulo disse simplesmente que é possível viver ou experimentar viver o que é vida plena a começar daqui e também é possível morrer ou experimentar a nulidade causada pela morte ainda que estejamos vivos e de olhos bem abertos. Dessa forma, é possível acreditar em mortos-vivos!u prefiro morrer a perder a vida, porque a morte não é mais problema para os que estão em Cristo, para os que acreditam que Cristo venceu a morte e agora nada nos separa da verdadeira vida, sem as marcas da dor, sem o cheiro da morte!

á uma segunda chance para aqueles que acreditam na vida sem a morte Pelo fato de Cristo ter matado a morte, não há um fim para o filho de Deus, mas um novo começo ou talvez o verdadeiro começo.

Se você for alguém que pensa que a vida se resume às riquezas e do dinheiro, pode se considerar a pessoa mais miserável, mas se você for alguém que sabe que todas as riquezas e todo o ouro e todos os carros e todas as roupas de marca são apenas rabiscos desenhados por uma criança perto de todo do tudo que está sendo guardado para ser entregue a todos os homens, então pode se dizer que você prefere morrer do que perder a vida.

Um comentário:

Marcela disse...

Eu prefiro morrer que perder a vida. Mas não é fácil pensar assim hoje em dia, as tentações estão por todos os lados. Gostei do texto.