quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O Vôo das Aleluias!


Dias atrás choveu demais aqui na minha cidade. Chuva boa, daquela que dá vontade de tomar banho. Mas depois daquela chuvarada vieram as famosas “Aleluias”. Aqueles bichinhos voadores que não podem ver uma frestinha de luz que já estão lá se debatendo no chão e voando sem direção, ao menos é minha impressão.


Cheguei à noite em casa e as luzes da frente estavam acesas. Foi o suficiente para ver as dezenas desses insetos voadores deitando e rolando no meu quintal. Nesse meio tempo, algo chamou minha atenção. Aqueles insetos em que as suas asas foram, por alguma razão, arrancadas de seus corpos nem andavam mais, aparentavam estar mortos, ainda que houvesse claramente vida. Dava a impressão que a vida não tinha mais sentido, as asas foram arrancadas, não tem como voltar pra casa, não tem como ir ao encontro dos demais, tudo está perdido! Só lhes resta mesmo a morte!


Fiquei pensativo por alguns instantes! Dizem que as “Aleluias” avisam que, depois da chuva, sempre vem a estiagem, ou seja, em muitos casos isso é boa notícia! Mas durante o caminho, durante sua missão de avisar que algo de bom está para acontecer, às vezes coisas ruins acontecem e não há nada o que fazer quando se perdem as asas!


Muitas vezes a gente fica chateado com algumas coisas que atormentam nossa alma, angustiam nosso coração. Coisas que tiram a nossa calma e sem razão roubam nossa paz. Tem dia que a gente levanta de manhã achando que o dia vai ser produtivo, vai ser bom e de repente a gente é surpreendido novamente! Mais uma peça pregada pela vida e a gente fica mais uma vez sem asas e sem vontade nenhuma de continuar insistindo pela vida.


O Grande Milagre que costuma acontecer nessas ocasiões é que a gente aprende a voar sem precisar das asas. A sensação é que tem Alguém segurando a gente. São nessas horas em que o Grande Milagre se torna significativo trazendo sentido à vida e fazendo a gente entender os nossos sofrimentos, não fugir deles chamando-os de “coisas do Diabo” ou algo parecido!


Muitas vezes o espinho na carne faz a gente entender o que a graça do Cristo realmente nos basta. Talvez o milagre que tenha que acontecer não seja o fim da dor, mas aprender de vez as profundas revelações celestiais que somente o sofrimento pode trazer. Talvez o fato das nossas asas terem sido tiradas por alguma razão que a gente não entende e nem pediu para que acontecesse sirva para que a gente olhe para o alto, quebrando o orgulho e peça por mais uma chance!

Um comentário:

Bárbara disse...

hey pr. faz tempo que nao passo aqui heim !? mas só por esse post já valeu a pena! tem hrs msm que a gte nao quer insistir na vida né !? ainda bem que tem Alguém pra nos carregar! Bom, fica com Deus
beijos Batistas! hahaha