Dias atrás, estive pensando em algumas coisas, principalmente no valor que a gente dá à própria vida. Não quero viver uma vida de aparência. Já cansei de ficar todo dia preocupado e quase que paranóico sobre o que as pessoas pensavem ou estavam falando de mim, ou sobre o meu trabalho, ou sobre meu casamento, ou sobre qualquer coisa.
Bom, têm momentos que a gente precisa se preocupar mesmo. Jesus se preocupou, mas em um sentido de impacto. "Como as pessoas estão me vendo? O quem elas falam que eu sou?"; Jesus perguntou aos seus discípulos. A preocupação de Jesus não era o que as pessoas estavam falando, mas quem elas pensavem que Ele era. A gente precisa saber e conhecer o nosso verdadeiro eu. A gente precisa desmacarar o impostor que a gente mesmo criou em meio a tanta pressão. A gente precisa viver a vida que Ele mesmo quer que a gente viva. Uma vida de verdade. Escolhendo ser um escravo de Cristo por opção, por vocação, por amor e por querer dar valor à vida.
Eu creio seriamente que a gente só vai conseguir sair dessa loucura que o mundo está, através desse amor louco por Cristo. Uma loucura que cura a outra. O mundo está fora de controle, está machucado e machucando, está morrendo e matando, está doente e deixando seqüelas muito profundas, quase mortais na vida de muita gente. Mas também creio que a gente pode ajudar a afetar esse mundo com alguma loucura medicinal, com uma alegria curadora. Creio que a gente pode colocar um pouco de sal naquilo que parece ser tão monótono e rotineiro.
Creio que a vida pode ser mais que uma rotina, pode ser uma nova oportunidade de realização, uma nova oportunidade de viver o que não se viveu na infância ou na juventude ou até mesmo agora na fase adulta. Todo dia é uma oportunidade de viver o que não se viveu, de alcançar o que não se alcançou, de sonhar o que jamais podia se realizar. Eu creio nisso.
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