sábado, 4 de abril de 2009

Sexo, Casamento e Dores de Cabeça


Não há um adolescente, pelo menos que seja um tanto quanto normal, que já não tenha passado pelo vale da sombra e do sexo e que não tenha suado as mãos, sentido a barriga esfriar e “aquilo” ficar um tanto quanto excitado. Imagino como esse assunto tem sido tratado nas igrejas com nossos jovens e não tenho me sentido bem com essa minha imaginação.

Por que tanto tabu com um assunto que Deus teve tanta naturalidade em tratar com sua criação? Por que tanta pressão no jovem para não transar, sendo que o foco não é o sexo em si, mas o amor a Deus e a si mesmo? Essas e tantas outras perguntas norteiam a mente de alguns jovens e dos pais que querem o melhor para seu filho.

Uma vez me perguntaram o que eu achava de sexo na igreja? Eu respondo sempre à essa pergunta dizendo que há tantos outros lugares mais confortáveis e mais atraentes para esse fim, mas se a pessoa tem essa fantasia, fazer o que? Tirando as piadinhas e pensando seriamente no assunto acho que a igreja em geral precisa se preparar mais e mais para enfrentar uma onda gigantesca de sexo. Tanto pela mídia quanto pelos membros que ali freqüentam. Os pais estão no meio desse tiroteio e precisamos de uma maneira urgente encarar o fato de que sexo agora está se tornando coisa de criança e precisamos auxiliar esses pais a como conduzir caso a caso a uma compreensão bíblica e sadia do assunto.

Por que digo que é coisa de criança? Percebam a violência infantil na mídia em geral! Meninas de nove anos sendo mães e passando pela situação da exposição pública de um aborto. A coisa está se tornando mais complicada e descontrolada do que se pode imaginar.

Falar sobre virgindade e sobre a fidelidade no casamento hoje é o mesmo que lembrar-se de Pelé e dos bons tempos da Copa de 70! Dá a impressão de que sendo virgem numa sociedade desvirginada é mesmo que ser um criminoso ou, pra início de conversa, esquisito.

Lembro-me da história de Pinóquio, o boneco de madeira que queria ser gente. Aconteceram muitas coisas com Pinóquio, mas uma em especial me chamou atenção. Ele se vê no meio artístico, sendo uma atração de um circo de horrores e mesmo assim se sente bem, e acaba se esquecendo do seu criador e do seu propósito, que era entreter, mas não sendo o esquisito e o ridículo. Aprendo com essa história que temos perdido o nosso principal propósito aqui nessa Terra. Gente como nós tem estado numa luta constante para descobrir quem são na verdade. Por isso essa loucura desenfreada onde homem sai com homem, mulher com mulher e quando pinta a inspiração homem com mulher.

Antes de entender sexo, de usá-lo e de apreciá-lo do jeito que nosso Criador fez, temos que entender quem somos, para que estamos aqui e quem é o nosso, ou nossa, parceiro, ou parceira!
Deus não odeia o sexo! Isso precisa ficar bem claro! Ele criou e fica extremamente feliz quando Seus filhos aproveitam no tempo certo e com a pessoa certa um dos maiores presentes que Ele deixou para nós. Deus criou o homem e a mulher para que se relacionassem e tivessem filhos, tivessem descendência. Para que isso ocorresse era necessário haver relações sexuais entre os dois para que o propósito de Deus se cumprisse. Tendo isso em mente percebemos implicações um tanto quanto sérias.

A primeira é que é não homem com homem e nem mulher com mulher, muito menos as crianças estavam nesse meio. O que vemos é uma distorção do padrão estabelecido. Se for homem com mulher, que seja! Agora os homens, com tanta mulher no mundo, querem fazer sexo com outros homens. Qual o resultado? Falta de homem para as mulheres, e isso afeta a igreja e a família! Outra implicação; Deus os abençoou, ou seja, houve um compromisso assumido, uma aliança pública entre um homem e uma mulher, portanto, o casamento é uma condição para que o sexo aconteça; é o clímax da cerimônia, é o orgasmo múltiplo, uma satisfação de estar dentro, mais do que isso, no centro da vontade de Deus.

O que vemos na igreja? Jovens e adultos totalmente descomprometidos com essa realidade. No caso de muitos jovens, eles e elas nem sabem o que vão fazer no futuro, não se conhecem direito, e nem precisam saber por que estão na fase de conhecer e saber de tudo isso. Mas dando passos maiores que as pernas acabam cometendo loucuras e desestruturam suas vidas por completo.
Deus não os quer assim. Sofrendo e se perdendo. Apesar de o sexo ser algo tremendamente bom e muito abençoador na vida de qualquer pessoa, ele só se tornará isso se feito dentro das regras do jogo. Isso mesmo, o sexo é como um jogo com regras e se não seguimos com cuidado as regras, acabamos por perder o jogo e não sabemos aproveitar o máximo da diversão que isso poderia nos causar!

O sexo é divertidíssimo. É a primeira maravilha do mundo quando feito na hora certa, com a pessoa certa e da maneira correta. O certo é que Deus não quer que ninguém fique sozinho, a não serem os casos extremamente únicos e específicos onde pessoas são chamadas para o celibato e escolhem viver assim e convivem bem com essa opção; fora isso, Deus nos fez para termos com quem se relacionar e ter filhos e sermos felizes.

A desgraça acontece quando toda a natureza e o propósito do sexo são totalmente deturpados e vira uma coisa circense, um espetáculo onde alguns pagam pra ter, outros se enganam apenas para se satisfazer e outros acatam a pressão dos grupos de amigos acabando por transar, mesmo não querendo, em muitos casos!

Agora, pensemos um pouco sobre a questão do casamento. Gente mesmo casada quase não consegue ter relações sexuais saudáveis. O stress, o cansaço e a falta de diálogo e sensualidade no casamento fazem com que os casais percam a beleza e satisfação de se relacionarem. Depois de várias dores de cabeça e muito afastamento, o casal acaba procurando ajuda ou, em muitos casos, o divórcio!

Cristo permitiu o divórcio por causa da dureza do nosso coração! Às vezes temos jovens se casando cedo por causa do sexo, só por causa do sexo. O argumento é que “não devemos viver abrasados”. Isso é falta de orientação e de maturidade. Como podemos autorizar um casamento onde a motivação não é morar junto, não é conviver apesar dos defeitos e das diferenças, não é formar uma família, mas só fazer sexo?

Tudo isso faz parte, inclusive o sexo, da vida do casal, mas precisamos entender que os nossos jovens estão recebendo um bombardeio de informações e imagens sexuais que fazem com que o desejo, que é algo totalmente normal na vida de qualquer pessoa, transforme-se em algo descontrolado.

Não devemos tapar o sol com a peneira e ficarmos dizendo que não está acontecendo na nossa casa. Está acontecendo e precisamos tomar cuidado! Vamos encarar o sexo da maneira como Deus encara; mais divertido, mais prazeroso e chega de colocar nas costas dos nossos jovens um peso que nem nós mesmos conseguimos suportar. Precisamos ajudá-los e entendê-los em suas dificuldades para que lá na frente eles não tenham muitas dores de cabeça; entenda como quiser!

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